A inflação e a situação econômica do Brasil estão afetando os ânimos dos consumidores de Belo Horizonte, que mês a mês demonstram mais insegurança. Em setembro, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), da UFMG, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da capital de Minas ficou em 45,39 pontos, abaixo da linha de 50 pontos que caracteriza o otimismo.
Na comparação com agosto, foi constatada queda de 6,68%, a maior observada de um mês para o outro em todo o ano de 2013. Com este resultado, o ICC acumula na Capital queda de 14,76% entre janeiro e setembro.
O índice vem caindo mês a mês em Belo Horizonte desde o início do ano, com exceção de julho, quando ele subiu 0,28%. "A inflação interfere muito na confiança do consumidor, porque ela afeta a disponibilidade de recursos das famílias, reduzindo o poder de compra das pessoas", explica a coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento do Ipead, Thaize Vieira Martins Moreira.
De fato, entre os componentes do ICC, a inflação alcançou apenas 28,87 pontos, o que demonstra muito pessimismo com o quadro. Também ficaram abaixo dos 50 pontos a avaliação da situação econômica do país (34,52), o emprego (45,54) e a pretensão de compra (45,95). Do outro lado, caracterizados como otimismo, aparecem a situação financeira da família em relação ao passado (54,70) e a situação financeira da família (59,82).
A avaliação do grupo índice de expectativa econômica apresentou queda de 11,16% em comparação ao mês anterior, assim como o de expectativa financeira, que caiu 2,70%. O item situação econômica do país foi o que apresentou maior variação negativa, -17,16%, seguido pela inflação (-11,33%) e emprego (-6,58%).
Mas todos o itens que compõem o ICC caíram em setembro. Vale ressaltar que o ICC mostra a opinião dos consumidores de Belo Horizonte quanto aos aspectos capazes de afetar as suas decisões de consumo atual e futuro.
Por isso, preocupa constatar que o item pretensão de compra apresentou queda, em relação a agosto, de 3,02%. Entre os grupos que lideraram a lista dos bens e serviços que os consumidores desejam adquirir, destaque para vestuário e calçados (17,62%) e veículos (14,76%).
Veículo: Diário do Comércio - MG