Após ter atingido o pico de maio de 2011, quando foi negociado a US$ 2,65 por libra-peso em Nova York, o café vem recuando e não se recupera antes de 12 meses.
A avaliação é de Stephan Bentz, sócio-presidente do Grupo Melitta, feita ontem em São Paulo. Ele afirmou ainda que a cafeicultura encontra problemas pontuais em algumas regiões, mas que a empresa ainda consegue adquirir café com qualidade. O produto é comprado, em grande parte, no Brasil e nos países da América Central.
De olho nas novas tendências de consumo, Bentz diz que a Melitta se prepara para o mercado de cápsulas compatíveis com o sistema Nespresso. Estados Unidos --onde as vendas sofrem forte concorrência e custos elevados-- e Brasil estão no foco nos próximos anos.
No caso brasileiro, a Melitta vê as melhores oportunidades em regiões próximas a São Paulo e no Nordeste.
Há 45 anos no Brasil, a empresa investe R$ 14 milhões em ativos neste ano e pretende atingir faturamento de R$ 902 milhões, 11% mais do que em 2012.
Nos próximos quatro anos, deverá investir mais R$ 50 milhões em infraestrutura e modernização das fábricas.
Bernardo Wolfson, presidente da Melitta do Brasil, estima um faturamento crescente, que poderá atingir R$ 1,2 bilhão em 2016. O objetivo é chegar a 1,3 milhão de novos lares brasileiros nos próximos três anos.
Nesse mesmo período, a empresa espera aumentar o faturamento anual do grupo para R$ 4,5 bilhões, com o Brasil participando com pelo menos 20% das vendas.
As vendas totais do grupo atingiram € 1,35 bilhão (R$ 4 bilhões) no ano passado, 4% menos do que em 2011.
Veículo: Folha de S. Paulo