Chu­vas com­pro­me­tem pro­du­ção de hor­ta­li­ças

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O prejuízo dos produtores já se reflete nos preços de mercado, algumas folhosas estão até 100% mais caras
 
 

As chuvas que atingiram o Estado nos últimos dias comprometeram a produção de hortaliças. O prejuízo dos produtores já se reflete nos preços de mercado: desde segunda-feira, consumidores estão pagando um pouco mais caro por verduras e legumes, principalmente alface, rúcula e agrião. No norte do Paraná, o preço de algumas folhosas está até 100% mais alto.

 

Segundo o presidente da Associação Norte Paranaense de Horticultores (Apronor), Luís Conegundes Bortolasse, a caixa de alface - com nove pés - que era comercializada por R$ 5, na semana passada, está custando R$ 10, na Central de Abastecimento de Londrina (Ceasa). A rúcula já sofreu um reajuste de 50%, em média. A hortaliça passou de R$ 12 a dúzia para R$ 18. A caixa do pepino também subiu de R$ 12, em média, para R$ 22 ou até R$ 25.

 

''A produção está em baixa, então os preços aumentam. Quando chove muitos dias seguidos o impacto é imediato, em dois ou três dias já se vê a diferença na produção'', observou Bortolasse, destacando que depois do período de chuva, o sol forte que aparece também castiga bastante as plantas.

 

Se parar de chover o produtor acredita que em uma semana a situação da produção esteja resolvida. As hortaliças, segundo ele, são bastante suscetíveis mas também se recuperam rapidamente. E reforçou que qualquer excesso do clima é prejudicial para a produção do segmento. Bortolasse comentou que o prejuízo dos produtores nem sempre são compensados em momentos como esses. ''Às vezes, quando o produtor reajusta em 100% o produto é porque o prejuízo já chegou a 300%'', afirmou.

 

Desde segunda-feira, os comerciantes já encontraram produtos mais caros e com menos qualidade. ''O pior é que quando parar a chuva e vier o sol, vai estragar ainda mais as hortaliças'', lamentou Sérgio Shiroma, proprietário de uma mercearia no Mercado Shangri-lá. Segundo ele, desde o começo da semana a oferta de produtos na Ceasa era bem escassa. ''No geral, o preços dos hortifrutis já subiu uns 30%'', lamentou, ressaltando que os consumidores podem esperar por preços mais altos nos próximos dias.

 

A comerciante Marina Onishi comentou que esta semana já pagou mais caro por alguns produtos, entre eles o brócolis, couve-flor, repolho mateiga. O brócolis, por exemplo, que era vendido na semana passada por R$ 2,50 está sendo comercializado por R$ 3. ''Conseguimos comprar todos os produtos, mas um pouco mais caros'', pontuou, frisando que no verão essas situações são naturais porque geralmente chove bastante.

 

O gerente substituto da Ceasa, Oscar Oshiro, disse que alguns produtos subiram de preço da semana passada para esta por causa da chuva. Ele comentou do agrião que passou de R$ 1 para R$ 1,25, o maço, e do espinafre, que foi de R$ 1 para R$ 1,50. A expectativa, segundo Oshiro, é que nos próximos dias a oferta seja menor e os preços maiores, mas a situação deve se regularizar assim que o clima voltar ao normal.

 

Veículo: Folha de Londrina


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