As cotações do algodão registraram seu maior avanço nesta semana por causa das informações de que as colheitas deverão ser comprometidas na China por causa de uma suposta redução de área plantada. O país asiático é o maior produtor e o maior comprador mundial da fibra. Outro fator de especulação é a notícia não confirmada de que os Estados Unidos irão elevar os preços do produto.
Segundo informações do mercado, os produtores agrícolas da China poderão plantar cerca de 11,6 milhões de acres (4,7 milhões de hectares) este ano, 21% menos que o cultivado um ano atrás, segundo informou ontem a Associação Algodoeira da China.
A área plantada com algodão nos Estados Unidos também poderá diminuir este ano. A estimativa é de que poderá dimunuir até 13% em relação a 2008 para 9,47 milhões de acres, disse o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em seu último relatório em 12 de janeiro.
Menos acres plantados com algodão eventualmente irão "conduzir a preços muito melhores quando a demanda começar a avançar", disse Don Shurley, professor e economista do setor algodoeiro na Universidade da Geórgia (Estados Unidos). A área de plantio do algodão também está sendo prevista no Brasil. Segundo a Conab, caiu 20,7% na safra que está em andamento. Custos elevados de produção e demanda em queda serviu para desestimular os produtores agrícolas, que preferiram plantar grãos e até menos deixar a área ociosa, uma vez que as lavouras de soja e milho reduziram de tamanho, com queda de 0,3% e 2,3% de área cultivada respectivamente.
O contrato mais ativo de algodão recuou 28% no ano passado já que a recessão global erodiu os gastos dos consumidores. Até quarta-feira, os preços se recuperaram 20% em relação a novembro.
Veículo: Gazeta Mercantil