Os produtores de banana da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte) também acreditam que exportar é o melhor caminho para agregar valor e equilibrar a oferta da fruta no mercado interno. Porém, antes mesmo do início efetivo do processo, os problemas com transporte da produção e armazenagem nos aeroportos já travam as negociações.
O presidente da Abanorte, Jorge Luis Souza, também ressalta que a principal forma de viabilizar o comércio exterior é o investimento em infraestrutura. Segundo ele, a Abanorte tem desenvolvido e prospectado negócios com europeus e pretende inciar os embarques o mais rápido possível. Ao longo dos últimos anos, foram feitos embarques marítimos para ajustar o processo. Atualmente a associação tem enviado amostras a possíveis compradores, através de aeroportos, mas vários problemas foram detectados.
"Nossa infraestrutura pode ser comparada com as dos países mais subdesenvolvidos do mundo. As vias de acesso desde às fazendas até os portos, inclusive o aeroporto de Confins, são precários. O aeroporto de Confins não tem terminal de frios e a carga, por ser perecível, precisa ser mantida em refrigeração até ser exportada. as rodovias estão em péssimas condições e os portos são caóticos. Embarcamos a fruta e ela vira polpa. Um prejuízo enorme para os produtores".
Segundo Souza, a cobrança junto aos governos é constante. "O diálogo sempre é positivo, mas as ações são muito lentas". A produção mineira de banana é de 732 mil toneladas anuais, respondendo por 10,6% do volume nacional.
Veículo: Diário do Comércio - MG