Foi de 8,41% a retração registrada ano passado nas operações de transporte rodoviário internacional de cargas efetuadas pelo Porto Seco de Uruguaiana, situado na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. A soma dos caminhões que cruzaram a fronteira na direção de Pasos de Los Libres, na Argentina, e de lá para os países do Mercosul, e os que ingressaram no território brasileiro pelo terminal, foi de 159,3 mil veículos em 2008, ante 174,8 mil que passaram em 2007 (recorde histórico) de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI).
A estimativa da entidade para o primeiro trimestre deste ano é de redução, devido a dois fatores: o primeiro é o reflexo da crise financeira mundial sobre o desempenho econômico; o segundo é à base de comparação com o primeiro trimestre de 2008, cujo nível de atividade foi elevado. "Difícil dizer qual será a diferença. O certo é que o movimento de caminhões dificilmente alcançará 13 mil mensais", diz o gerente executivo da entidade, José Elder Machado.
Pela via da exportação, o Brasil envia um número expressivo de automóveis (Volkswagen, Fiat, Peugeot e Toyota, entre outras), implementos agrícolas, móveis, ferro, couro e pedras semi preciosas. Na corrente inversa, o Brasil importa trigo, vestuário, carne e alimentos. "A atividade do porto seco também foi impactada pelo número de dias parados tanto no Brasil como na Argentina", diz Machado. No Brasil foram quase 60 dias, sendo 54 deles de servidores da Receita Federal.
Veículo: Gazeta Mercantil