Pesquisas refletem incertezas do mercado

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Diversas consultorias de recursos humanos têm tentado sentir a pulsação do mercado de trabalho durante a atual crise financeira. Porém, os dados levantados pelas empresas da área muitas vezes se contradizem, o que dificulta a elaboração de um panorama geral sobre como está a demanda por gestores.

 

A pesquisa mensal sobre oferta de empregos para executivos em São Paulo realizada pela consultoria de RH Laerte Cordeiro indica que em janeiro de 2009 foram recrutados, por meio de anúncios nos principais jornais da capital paulista, 70 gestores dos níveis de gerência média, gerência sênior e direção. Esse número é 35% menor do que os 108 anúncios publicados em janeiro de 2008.

 

Segundo o levantamento da Laerte Cordeiro, os executivos mais procurados em janeiro foram os das áreas de marketing e vendas, com 37% da oferta total de vagas no período. Na segunda colocação estão os profissionais de finanças e controladoria (30%), seguidos por serviços internos (tecnologia da informação, recursos humanos e jurídico, com 21%) e produção e técnica, com 12%.

 

O setor de serviços e a indústria ofereceram o maior número de ofertas de emprego em janeiro, com 47% cada. O comércio responde por 4% e os bancos, pelos demais 2%. De acordo com o estudo, as empresas que mais abriram vagas para executivos foram as de engenharia, material hospitalar, comércio, telecomunicações, plásticos, têxteis, de confecções e as farmacêuticas.

 

Finanças e contabilidade

 

Mas enquanto o mercado geral de empregos para executivos sofre com a crise, continua havendo boas oportunidades em alguns nichos. Segundo uma pesquisa da consultoria Ricardo Xavier Recursos Humanos, um desses oásis é o setor financeiro. A empresa detectou um aumento de 60% nas vagas na área neste mês, em relação a dezembro.

 

Na mesma linha está a pesquisa FD Survey, desenvolvida pela empresa de recrutamento Robert Half. O levantamento aponta que a demanda por gestores de finanças e contabilidade se manterá no Brasil nos próximos seis meses. A empresa ouviu mais de 1,5 mil executivos de 14 países sobre intenção de contratar. A pesquisa mostra ainda que o Brasil é um dos países com maior demanda: 30% dos entrevistados pretendem aumentar o número de pessoas em suas equipes no próximo semestre. O País só perde para Dubai (36%), Hong Kong e Nova Zelândia (31%). Acima da média mundial de 18%, o Brasil mostra-se como um dos mais otimistas. Os países com índice mais baixo são Espanha (5%), Irlanda (6%) e Reino Unido (7%).

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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