Primeira oferta do ano na Nyse indica melhora

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A Mead Johnson, maior fabricante de leite para bebês do mundo, promoveu na quarta-feira passada a primeira oferta pública inicial de ações do ano nos Estados Unidos, em meio aos sinais de melhora no cenário de operações para se obter capital. 

 

A empresa, desmembrada da Bristol-Myers Squibb, obteve US$ 720 milhões, vendendo mais ações do que esperava e ao preço máximo proposto. Com isso, a companhia realizou a maior das cinco aberturas de capital que eram esperadas nos EUA na semana passada, número que, pelos padrões recentes, representa um verdadeiro dilúvio. 

 

Na estreia, as ações subiram 10,8%, cotadas a US$ 26,60 na Bolsa de Valores de Nova York. 
Foi a maior listagem de ações nos EUA desde a American Water Works, em abril de 2008, e a primeira desde novembro, no que foi o segundo maior período de seca de ofertas iniciais no país, segundo a empresa de fornecimento de dados Dealogic. 

 

A operação Mead Johnson foi uma distribuição coordenada conjuntamente pelos bancos Morgan Stanley e Citigroup. A colocação foi feita a US$ 24 por ação da empresa, limite máximo do intervalo esperado na noite anterior ao lançamento (terça-feira, entre US$ 21 e US$ 24). 
A maioria dos analistas duvida que os negócios da semana passada levarão a uma corrida das companhias aos mercados públicos, mas concorda que haverá mais oportunidades para as empresas adequadas. 

 

Um executivo de banco de investimento de mercados de renda variável disse que a Mead Johnson foi um exemplo de como os investidores estão começando a buscar oportunidades em companhias. Segundo ele, a empresa foi ideal para as atuais condições do mercado, em termos de tamanho, valor, rendimento e reputação. 
O panorama, no entanto, continua incerto no curto prazo. "Temos mais probabilidade de ver um avanço constante ao longo do ano do que um grande aumento repentino no mercado de ofertas públicas iniciais de ações", afirmou. 

 

A diretora de mercados estratégicos de crescimento na América da Ernst & Young, Maria Pinelli, disse que "provavelmente veremos os primeiros sinais de vida à espera de lançar ações em empresas maiores de setores estabelecidos e não um aumento em empresas menores". 
Sinalizando o nervosismo no mercado, o número de empresas à espera para sair no mercado no fim do quarto trimestre caiu 30% em relação ao período anterior, para 57, de acordo com o informe trimestral da Ernst & Young. 

 

Veículo: Valor Econômico


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