Etiquetas terão que mudar

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Itens de limpeza, perfumaria e alimentação terão etiquetas diferentes nas gôndolas dos mercados para facilitar ao consumidor a comparação entre preços de produtos semelhantes. A medida será adotada no prazo máximo de dois anos pelos supermercados que participarem do Termo de Cooperação Técnica entre a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) e o Ministério Público Estadual(MPE).

 

As etiquetas conterão, além do preço do produto, o valor referente a um metro, um quilo, um litro ou uma unidade, dependo do tipo de produto. Segundo o MPE, é difícil para o cliente saber qual é a diferença entre os valores do refrigerante nas latas e o de garrafa de dois litros, por exemplo. "Já aconteceu de o preço de um engradado com 12 latas ser mais alto que o das latas isoladas. Não é fácil para o consumidor calcular a diferença, pois nem sempre ele leva uma calculadora ao supermercado. Isso vai trazer um ganho para o cliente, que se sentirá seguro para decidir o que levará para casa, sem ser lesado em sua compra", disse o promotor Julio Machado.

 

Outro problema que o MPE apontou foi que, muitas vezes, o fabricante altera a quantidade de produto e não informa isso na embalagem. O consumidor, sem perceber, acaba comprando o item reduzido em volume pensando que está fazendo um bom negócio porque comparou seu preço com itens semelhantes de preço aparentemente maior porque não tiveram a quantidade alterada. "Isso virou um jeito de mudar o produto de forma camuflada. O preço continua o mesmo e o volume é alterado", completou o promotor.

 

De acordo com a Asserj, o consumidor vai poder ter uma ideia clara daquilo que está comprando e saber o valor efetivo do produto. "O consumidor terá uma referência segura. Ele até pode preferir o item mais caro, mas por opção, pois estará esclarecido sobre o real preço do que quer levar. Esta é a grande vantagem que vai permitir-lhe escolher de maneira consciente", acrescentou o presidente da Asserj, Aylton Fornari.

 

O modelo das etiquetas já é usado na Argentina e na França; no Brasil, a medida é inédita. Apenas os supermercados que assinarem o acordo serão obrigados a adotar as novas etiquetas. A fiscalização será realizada pelo MPE com base nas reclamações dos consumidores.

 

O termo foi assinado ontem pelas redes Prezunic, Princesa, Wal-Mart, Mundial, Guanabara e Zona Sul. O Carrefour alegou problemas judiciais e se comprometeu a assinar o acordo na próxima semana. Quem tiver aderido ao acordo e não cumprí-lo, receberá uma multa de R$ 1 mil por loja.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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