O avanço da inflação e o aumento do custo de vida não devem motivar o consumidor a desistir de apreciar pequenos luxos. Essa é a avaliação do proprietário da marca mineira Puro Chocolate, Eduardo Moreno, que pretende alcançar crescimento de 10% neste ano na comparação com 2014. Para isso, a empresa, que está no mercado desde 2009, planeja expandir a área de atuação por meio de formação de parcerias em locais onde ela ainda não está presente. O valor do faturamento previsto para 2015, no entanto, é mantido em sigilo.
A marca tem atualmente uma loja licenciada no bairro Prado (região Oeste) e outros três quiosques próprios distribuídos entre os shoppings Del Rey (região Noroeste), Estação BH (Venda Nova) e Itaú Power, centro de compras localizado em Contagem, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). "Neste momento, o nosso plano é crescer por meio dos distribuidores. Entre as praças que mais nos interessam estão o Sul de Minas, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília", revela Moreno.
Ele explica que questões logísticas impedem que o produto chegue a regiões mais distantes. Isso porque, para manter o frescor, o tempo gasto no transporte das mercadorias não pode ser muito longo. A empresa fabrica aproximadamente 150 tipos de produtos, e os carros-chefes são os alfajores, pães de mel, brownie e o fudge, tipo de sobremesa importada dos Estados Unidos. Os preços variam entre R$ 1,50 e R$ 250.
A fábrica da organização fica no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, cidade da RMBH. A planta tem dez metros quadrados, emprega dez colaboradores e produz, em média, 1,5 tonelada mensal. Contudo, a capacidade máxima instalada, que costuma ser atingida em épocas de maior demanda, como o mês que antecede a Páscoa, é de três toneladas.
Renda - Embora a atual conjuntura econômica não favoreça o avanço de empresas de diferentes ramos, o empresário aponta alguns fatores que podem fazer com que a Puro Chocolate seja uma exceção. "O aumento da renda das classes intermediárias continua impulsionando o negócio. Vale lembrar que, mesmo em períodos de crise, praticamente ninguém deixa de consumir aqueles produtos que lhe trazem satisfação", justifica.
Moreno, que é engenheiro, divide a responsabilidade de gerenciar a empresa com a sócia e esposa Sílvia Moreno, que também tem formação em engenharia. Ele explica que partiu dela a ideia de abrir uma loja especializada em chocolates, mas os dois perceberam que, para ter o produto que eles desejavam comercializar, a solução seria investir na produção própria. "Por isso, decidimos apostar na criação da fábrica e batalhamos para que ela crescesse", ressalta.
Para esta Páscoa, Moreno afirma que a empresa investiu no desenvolvimento de 50 produtos voltados especificamente para a data. Entre eles estão os ovos trufados e caixinhas para presente. Esta época representa 25% do faturamento anual e no mês que antecede a celebração a produção atinge a capacidade máxima de três toneladas.
Veículo: Diário do Comércio - MG