Vendas do pequeno varejo (micro e pequenas empresas) fecharam 2008 com crescimento acumulado de 10,8%, segundo a Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo (PCPV) da Fecomércio. A PCPV é apurada mensalmente pela Fecomércio com dados desde 2004 que são coletados de cerca de 600 estabelecimentos comerciais no Estado de São Paulo. Em dezembro, o comércio varejista cresceu, puxado pelos setores de materiais de construção, 15,2%, descontados os efeitos da inflação, com alta acumulada até dezembro de 29,9%. Outro setor de destaque é o de móveis e decorações com 9,4% e o de vestuário, tecidos e calçados - 8%.
Desempenho
Com relação ao desempenho mensal, o destaque ficou com o ramo de vestuário, tecidos e calçados, que havia recuado 0,2% durante o mês de novembro, mas que depois registrou uma alta de 46,4% no último mês do ano passado. Outros segmentos como materiais de construção passou de uma queda de 4,4% em novembro para um crescimento de 0,5% em dezembro. Já o setor de móveis e decorações teve queda de 3,5% em novembro, com recuperação, em dezembro, para 5,9%.
No setor de medicamentos e perfumaria, o crescimento foi de 5,9% no acumulado do ano, seguido por produtos alimentícios (3%) e eletrônicos (2,2%). O setor que mais sofreu queda em 2008 foi o de autopeças e acessórios, com retração de 14,2%. O economista da Fecomércio Fábio Pina explica que o estudo de faturamento das pequenas empresas não captou em 2008 os efeitos da crise financeira global. Para ele, o consumidor terminou 2008 com mais renda e mais emprego do que tinha ao final de 2007, justificando os resultados positivos.
"Aparentemente as pequenas empresas demoraram mais a ver suas vendas crescerem quando o ciclo econômico mundial estava positivo, e parecem ainda não ter recebido as pressões dessa nova fase de retração mundial", afirma o economista Pina, em nota.
Protecionismo
Na semana passada, Abram Szajman, presidente da entidade, defendeu que as emendas protecionistas que congressistas norte-americanos têm trabalhado para incluir no pacote econômico do presidente Barack Obama são uma ameaça à economia do mundo. "Medidas restritivas têm efeitos desastrosos no longo prazo."
Veículo: DCI