A crise financeira internacional só chegou para valer no terceiro trimestre do ano passado, mas tudo indica que o mercado publicitário tenha sentido os efeitos ainda em 2008 - apesar de muitas agências de publicidade terem dito que o ano passado foi um dos melhores da história.
Segundo dados do Ibope Monitor, o investimento destinado à compra de espaço na mídia, em 2008, totalizou R$ 58,1 bilhões - valor 12,09% maior que o registrado em 2007. O índice, no entanto, é inferior ao verificado em 2007, quando o setor cresceu 30,2%.
A televisão continua na liderança do ranking, com 51% do total: R$ 29,8 bilhões, ganho de um ponto percentual em relação a 2007. Por sua vez, os jornais - segundo meio a receber mais investimentos em mídia - perderam participação: caíram de 29% do mercado para 26%, totalizando R$ 14,9 bilhões.
Destaque
O estudo do Ibope mostrou também que a mídia que mais cresceu no ano passado foi o rádio (22%), que somou R$ 2,55 bilhões. O levantamento, no entanto, não apurou os números referentes à internet. Por outro lado, a aplicação em outdoor caiu significativamente: quase 40%, totalizando R$ 55,2 milhões.
A pesquisa também mostrou que o varejo continua a ser o setor que mais destina verbas à mídia: R$ 15,59 bilhões (27% do mercado e incremento de 13,2% em relação a 2007). O maior anunciante do País permanece sendo as Casas Bahia, com investimento bruto de R$ 3 bilhões - 11,2% a mais que o valor investido no ano anterior. Unilever segue em segundo lugar, enquanto a Ambev e a Caixa trocaram de posição em relação a 2007. Em 2008, a fabricante de bebidas passou a ocupar a terceira posição, colocando a instituição financeira em quarto.Na 5ª colocação está a Fiat - em 2007 havia ficado em 6°.
No ranking da agências, a Y&R, que detém a conta das Casas Bahia, se mantém na liderança, com R$ 4,58 bilhões em investimento em mídia, valor 12,25% maior que o registrado em 2007. Não houve alteração na colocação em relação ao ano anterior também para JWT, Almap BBDO, DM9DDB e MCCann Erickson, que estão entre as cinco maiores.
A pesquisa contempla investimentos brutos sem descontos e planos de incentivo entre veículos e agências de publicidade.
Veículo: Gazeta Mercantil