A isenção da cobrança de PIS e Cofins do trigo, da farinha de trigo e do pão francês, determinada pela Medida Provisória 433, publicada em maio deste ano pelo "Diário Oficial da União", não colaborou para que houvesse uma redução efetiva no preço do pão francês nas padarias de Belo Horizonte em razão do regime tributário adotado pelos empreendimentos. A informação é dos representantes do setor.
O presidente da Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amip), Antônio de Pádua Moreira, ressaltou que 95% da empresas do setor, tanto em Minas como em todo o território nacional, são optantes do Simples. Dessa forma, não são beneficiadas pela isenção.
Com a medida, o preço da farinha de trigo apresentou redução entre 5% e 8% no preço, o que segundo o dirigente permitiria um recuo de 2,5% a 3% no valor do pão. "O momento hoje é de estabilidade. Agora, vale destacar que os custos variam de um empreendimento para outro, o que interfere na composição dos preços", observou.
A expectativa do governo federal era de redução de 9,25% a 10% no preço final do preço do pão. No caso da farinha de trigo e pré-mistura para pães fabricadas pela Vilma Alimentos houve recuo de 7% e 5,5%, respectivamente, nos preços em maio deste ano graças à medida. A farinha de trigo é responsável por aproximadamente 30% dos custos do pão francês.
O presidente da Amip disse que o preço médio do quilo do pão francês na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) varia de R$6,30 a R$6,50. "Na segunda ou terça-feira teremos uma reunião na qual deverá ser assinada uma convenção coletiva para manter o preço do pão pelos próximos 90 ou 120 dias", disse. Segundo a Fundação Ipead, vínculada à UFMG, o pão francês apresentou alta de 0,63% no custo da cesta básica em julho.
Veículo: Diário do Comércio - MG