A Tomates Tem paralisou sua produção em julho para construir uma nova estufa, mediante investimento da ordem de R$ 1 milhão em infra-estrutura. Com isso, a agroindústria, localizada em Itabirito, na região Central do Estado, planeja dobrar a produção e voltar ao mercado somente em outubro deste ano.
A agroindústria mineira é a única da América Latina que não depende de condições climáticas para produzir, pois possui tecnologia holandesa que possibilita o cultivo da fruta dentro de estufas.
O cultivo de tomate é feito em galerias térmicas de vidros e funciona com sistema informatizado, que monitora a iluminação e a temperatura. A nova estufa, de acordo com informações da empresa, contará com um terreno de 1 hectare e apresentará uma área total construída de 2 hectares, somados com a atual.
Há três anos no mercado, a Tomates Tem começou a primeira fase de produção registrando 12 toneladas/mês de tomates em 2006. No ano seguinte, a empresa alcançou 22 toneladas/mês e registrou 25 toneladas/mês na produção do primeiro semestre deste ano.
Diferencial - Para o próximo ano, com aportes de apenas R$ 100 mil em automatização da colheita e processos de embalagens, a empresa estima alcançar 40 toneladas/mês. De acordo com o diretor Administrativo e Operacional da Tomates Tem, Marcelo Botelho, sair do mercado para ampliar e aperfeiçoar a produção foi uma estratégia de médio e longo prazos.
"Os produtos não têm agrotóxico e este é nosso diferencial. Paramos para padronizar as embalagens e aperfeiçoar a colheita, pois trabalhamos de maneira artesanal, o que requer mais tempo e cuidado", avaliou o diretor da Tomats Tem.
Os principais clientes da empresa no mercado de Belo Horizonte são as redes Carrefour, VerdeMar, Extra Hipermercados e Benassi e DMA - do grupo Epa, além de sacolões como Lisboa e Hortisul. A empresa pretende direcionar seus produtos para São Paulo e Rio de janeiro, o que representaria 35% da comercialização.
De acordo com Botelho, o controle biológico, por meio de extrato vegetal e fungos, substitui o produto químico encontrado na produção de tomates cultivados no solo. A produção conta com um controle mecânico de praga, feito através da tecnologia de fertirrigação.
"Nosso tomate é plantado em substrato de lã de rocha, por isso, minamos a possiblidade de desenvolver patologias nas palntas. Jogamos fertilizantes via sistemas de gojetamentos, o que supre as necessidades exatas durante o crescimento das frutas", explicou.
Veículo: Diário do Comércio - MG