Reciclagem de PET já movimenta R$ 1 bi

Leia em 2min

Movimento no Brasil só é menor que no Japão


Andrea Vialli


A reciclagem de plástico PET já movimenta R$ 1,08 bilhão em negócios no Brasil. O País reciclou 230 mil toneladas em 2007, menos apenas que o Japão. Hoje 53,5% do material volta à indústria, e a demanda está crescendo entre empresas do setor têxtil, de embalagens e materiais para construção.


O PET - sigla para Poli-tereftalato de Etileno - é uma resina de poliéster que ganhou mercado no País a partir da década de 1990. De 1996 até hoje, a reciclagem do material cresce a taxas médias de 18% ao ano. "O desenvolvimento de um mercado para o PET reciclado ocorreu paralelamente ao crescimento do uso da resina", explica Auri Marcon, diretor da Associação Brasileira da Indústria do PET.


São empresas como a Fivebras, de São Paulo, que produz embalagens e materiais escolares como mochilas e fichários. Após dois anos de pesquisa, a empresa patenteou o Ecotess, tecido feito 100% de PET reciclado. O primeiro produto feito com o invento é uma sacola de compras reutilizável.


"Queríamos desenvolver um produto que fechasse o ciclo. Cada sacola contém PET equivalente a uma garrafa, e ela poderá ser reciclada ao final de sua vida útil", afirma Ricardo Zaguer, diretor da Fivebras. Segundo ele, nos últimos dois anos aumentou a demanda dos clientes por produtos com apelo ambiental. Lançadas há quatro meses, as sacolas já caíram no gosto de clientes como a Volkswagen e a Pepsico.


INDÚSTRIA TÊXTIL

 

A maior aplicação do PET reciclado é na indústria têxtil, que absorve 40% do material. O apelo da reciclagem é um componente valioso para o marketing de pequenas empresas do setor. É o caso da Camú Camú, confecção familiar de roupas infantis de Cerquilho (SP). A empresa produz roupas com PET reciclado, fibra de bambu e algodão orgânico.


"Tivemos que dobrar a oferta de produtos com apelo ecológico. Eles representavam 10% da coleção em 2007, hoje já são 20%. A aceitação é grande também porque a resina, misturada ao algodão, dá leveza à roupa", diz Josiane Scudeler, sócia-proprietária da Camú Camú, marca presente em 800 pontos-de-venda em todo o País.

 

Veículo: O Estado de S. Paulo


Veja também

Usinas de álcool trocam a estrada pela ferrovia

ALL convence produtores de SP, MT e MS de que o transporte ferroviário é mais barato que o rodoviár...

Veja mais
Lucro do Pão de Açúcar sobe 118% no trimestre

A reestruturação da rede Pão de Açúcar, iniciada no começo do ano, já c...

Veja mais
Pepsi anuncia investimento de US$ 100 milhões no Brasil

Considerada uma das mulheres mais poderosas do planeta, a indiana Indra Nooyi, atual presidente do conselho e presidente...

Veja mais
Citricultura em marcha lenta

O mercado citrícola brasileiro segue lento. Apesar do aumento das temperaturas na semana passada, as vendas estiv...

Veja mais
Tomates Tem investe R$ 1 milhão em expansão

A Tomates Tem paralisou sua produção em julho para construir uma nova estufa, mediante investimento da ord...

Veja mais
Trigo: padarias mantiveram os preços

A isenção da cobrança de PIS e Cofins do trigo, da farinha de trigo e do pão francês, ...

Veja mais
Ceasa: movimentação cresce

Volume de produtos no entreposto em Contagem somou 200,744 mil toneladas em julho.   A oferta de hortifrutig...

Veja mais
Rodízio: frete está mais caro na Capital

Davi Franzon   Empresas de transporte de cargas decidiram elevar o custo do frete nas cidades onde foram adotadas...

Veja mais
Morango receberá certificação

Mário Tonocchi A colheita de morango no Estado de São Paulo caiu de 5,602 milhões de caixas com qu...

Veja mais