Pesquisa do Sebrae realizada no primeiro semestre de 2015, aponta que, em um universo de 2.066 empresários consultados, 831 já contam com operação de comércio eletrônico. Cerca de 60% dos que não ainda não operam na plataforma afirmam que pretendem adotar o e-commerce.
Não é para menos. Mesmo com a retração da economia, levantamento da 32ª edição do relatório Webshoppers, elaborado pela consultoria E-bit/Buscapé com dados do primeiro semestre, aponta que o número de pedidos passou de 48,2 milhões, em 2014, para 49,4 milhões no período, um aumento de 2,5%. Até o fim do ano, devem atingir 108,2 milhões.
A consultoria indica que as empresas de pequeno e médio porte têm migrado para os marketplaces, aproveitando o volume de tráfego que eles geram. O Mercado Livre, o maior marketplace da Amércia Latina, confirma a tendência, segundo informações de seu diretor-geral, Helisson Lemos. A plataforma atende a pessoas físicas e jurídicas, o que inclui desde uma grande rede de eletrodomésticos até o microempreendedor individual. “Como marketplace, não fazemos distinção e procuramos trabalhar no conceito de ecossistema, aproximando vendedores de compradores”, diz Lemos, que utiliza a estrutura logística dos Correios para as operações de compra online.
A pesquisa do Sebrae revela, ainda, que o perfil típico do empreendedor no e-commerce é homem, com superior completo e idade entre 25 e 34 anos. A operação padrão de e-commerce é de até dois funcionários, com faturamento de até R$ 60 mil, sem loja física e o empreendedor é otimista quanto ao crescimento da operação virtual.
A plataforma de loja virtual é a forma de comercialização predominante, alcançando nove em cada dez empreendimentos, sendo mais de 55% delas alugadas.
Veículo: Jornal O Globo