O Índice de Preços Ceagesp registrou alta de 8,22% em novembro, em comparação com o mês anterior. Segundo a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), aumento expressivo de preço nos setores de verduras e em produtos com grande representatividade, como cebola, batata e tomate, impulsionou o indicador.
A companhia acrescenta em comunicado que a qualidade e o volume ofertado das hortaliças foram prejudicados pelas altas temperaturas e, principalmente, pelo excesso de chuvas nas regiões produtoras do Sudeste. "A temporada de chuvas e altas temperaturas começaram mais cedo este ano e os problemas climáticos, típicos do período de verão e tão prejudiciais à produção de hortifrutícolas, também foram antecipados", informou o economista chefe da Ceagesp, Flávio Godas.
Em dezembro, com a chegada do verão, o cenário não deverá apresentar grandes alterações, prevê a Ceagesp. Desse modo, até março, a tendência é de preços elevados. Este mês, o setor de frutas ainda deve registrar aumento acentuado da demanda. Mesmo com a maior oferta, as cotações deverão permanecer em níveis elevados, impulsionados pela alta do dólar e a consequente elevação dos valores dos importados, que representam cerca de 20% desse segmento.
Em novembro, o setor de frutas subiu 7,13%. As principais altas foram do abacate (47,6%), atemoia (39,4%), caju (33,7%), abacaxi havaí (26,9%) e banana nanica (17,1%). As principais quedas foram do figo (-39,7%) e da goiaba (-6,1%).
O segmento de legumes registrou aumento de 6,86%. As principais altas foram do cará (70,2%), inhame (47,1%), tomate (40,7%), beterraba (28,7%) e pimentão verde (21,3%). As principais quedas ficaram por conta da berinjela (-36,5%), chuchu (-27,7%), abóbora seca (-17,3%) e quiabo (-12,7%).
As verduras subiram 25,12%. As principais altas foram da couve-flor (67,5%), repolho (58,8%), escarola (53,7%), salsa (50,4%), coentro (45,8%) e brócolis (35,9%). Não houve reduções significativas no setor.
O setor de diversos aumentou 21,83%.
As principais altas foram da cebola nacional (76,2%), batata lisa (56,3%), batata comum (46,2%), coco seco (21,1%) e ovos brancos (5,5%). Não houve reduções significativas no setor.
Veículo: Jornal DCI