O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 1,4% em novembro ante outubro, para 99,0 pontos, na série com ajuste sazonal, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Trata-se do maior nível desde março de 2007 (101,5 pontos). A alta significa que a percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho atual piorou mais uma vez e sugere continuidade do aumento da taxa de desemprego no período.
“O crescimento do ICD mostra que a taxa de desemprego deve continuar em trajetória crescente neste final de ano”, destacou o economista Itaiguara Bezerra, pesquisador da FGV, em nota.
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País atingiu 7,9% em outubro, a maior para o período desde 2007, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A piora nas avaliações sobre o mercado de trabalho na passagem de outubro para novembro ocorreu principalmente entre as famílias que estão nos grupos intermediários, ou seja, com ganhos mensais entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil e com renda entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG