O preço da cesta básica em novembro aumentou em todas as 18 capitais, segundo o Dieese.
O preço da cesta básica em novembro aumentou em todas as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos divulgada na quarta-feira, as maiores altas foram registradas em Brasília (9,22%), Campo Grande (8,66%), Salvador (8,53%) e Recife (8,52%).
O menor aumento da cesta básica foi registrado em Belém (1,23%). No mês anterior, metade das cidades registrou aumento de preços.
No período de 12 meses, de dezembro do ano passado até novembro deste ano, todas as 18 capitais acumularam alta no preço da cesta. As variações ficaram entre 7,74% em Belém e 26,40% em Salvador.
No acumulado do ano até novembro, o cenário é o mesmo, com todas as cidades apresentando aumento.
As maiores elevações ocorreram em Salvador (20,69%), Campo Grande (19,55%) e Curitiba (18,81%). As menores variações foram verificadas em Belém (5,87%) e Goiânia (6,85%).
De acordo com o Dieese, os produtos com predomínio de alta nos preços nas Regiões Centro-Sul em novembro foram tomate, açúcar, óleo de soja, arroz, café em pó, pão francês, carne bovina e batata. No Norte e Nordeste, o destaque foi para a alta da farinha de mandioca.
Em termos de valores, o maior custo da cesta básica em novembro foi registrado em Porto Alegre (R$ 404,62), seguido de São Paulo (R$ 399,21), Florianópolis (R$ 391,85) e Rio de Janeiro (R$ 385,80).
Os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 291,80), Natal (R$ 302,14) e João Pessoa (R$ 310,15).
Salário mínimo. Segundo cálculos do Dieese, em novembro o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas - tendo como base a cesta mais cara do mês e levando em consideração determinações constitucionais para suprir despesas básicas - deveria equivaler a R$ 3.399,22, ou 4,31 vezes o mínimo atual de R$ 788,00.
Em novembro de 2014, o valor necessário para atender às despesas de uma família era de R$ 2.923,22, ou 4,04 vezes o salário mínimo então em vigor, de R$ 724,00.
Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo