Café de qualidade superior resiste à expansão da cana

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Na região conhecida como mogiana paulista, que abrange 25 municípios, observou-se o crescimento das áreas cultivadas com café nos últimos 27 anos, contrariando a tendência observada na maior parte do estado, onde a cana-de- açúcar ganhou espaço competindo com outras culturas.

É o que mostra o mapeamento elaborado pela Embrapa com base em imagens de satélite de 1988 e 2015. Mais de 50% da produção de café no Estado de São Paulo está concentrada nessa região, localizada próximo à divisa com o sul de Minas Gerais.

De acordo com estudo da Embrapa, a área dedicada à cafeicultura nos 25 municípios estudados dobrou, passando de 57,9 mil para 111 mil hectares. A cana também teve forte crescimento nesses mesmos municípios, aumentando a área cultivada de 60,5 mil para 234,7 mil hectares. "Houve uma expansão conjunta das duas atividades, diferentemente do que ocorreu em outras regiões onde o cultivo da cana-de-açúcar cresceu sobre áreas de culturas agrícolas tradicionais, como o citros, com fortes impactos sociais e econômicos", explica o pesquisador Carlos Cesar Ronquim, coordenador do estudo. Pedregulho, Franca e Cristais Paulistas são exemplos de municípios onde as áreas cultivadas tanto com cana quanto com café aumentaram expressivamente. Com uma área total estimada em mais de 215 mil hectares, São Paulo é o segundo maior produtor de arábica do País, atrás de Minas Gerais.

Além de mapear o crescimento das duas atividades em toda a região da bacia Mogi-Pardo, entre 1988 e 2015, o projeto da Embrapa avaliou em especial a dinâmica de uso e cobertura da terra dos 25 municípios da Mogiana Paulista. Além do café e da cana, foram mapeados os cultivos de citros, reflorestamento com eucalipto, pastagem, culturas anuais e matas nativas. O cultivo de cafés de qualidade superior, com maior retorno financeiro para o produtor, é a principal razão para o crescimento e a valorização da cafeicultura na região.

 



Veículo: Jornal DCI


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