A venda dos supermercados, lojas de departamentos e farmácias avançou em outubro e o setor varejista iniciou o último trimestre de 2015 com alta inesperada das vendas em outubro, interrompendo oito meses seguidos de quedas.
As vendas no varejo registraram alta de 0,6 %em outubro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem (16). O resultado foi o primeiro positivo desde a alta de 0,1% vista em janeiro.
Entretanto, o resultado faz pouco para compensar as perdas acumuladas de 6,3% nos oito meses anteriores.
Em relação ao mesmo mês do ano passado, revelou o IBGE houve recuo de 5,6%, o que representa a sétima taxa negativa seguida nessa base de comparação e o pior resultado para o mês na série histórica iniciada em 2000.
Cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito apresentaram alta no volume de comercialização em outubro sobre o mês anterior.
As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor com maior peso na estrutura do comércio varejista, por exemplo, subiram 2,0% no mês, enquanto as de tecidos, vestuário e calçados 1,9%.
Ampliado
O varejo ampliado, que inclui também automóveis e materiais de construção, apresentou queda de 0,1%, dado que foi pressionado, principalmente, pela queda de 2,9% de material de construção.
Em meio à restrição de crédito, renda menor e inflação mais alta, o comércio varejista lida ainda com sucessivas quedas na confiança dos consumidores, que tem batido mínimas recordes. No terceiro trimestre, dizia o relatório do IBGE, o consumo das famílias recuou 1,5% na comparação com período anterior, contribuindo para a contração de 1,7 % do Produto Interno Bruto (PIB) no período.
Veículo: Jornal DCI