Redução da renda afeta os ganhos dos consumidores

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                                                                                                 Hábito de consumo comprometido.

Se 2015 foi um ano marcado pela alta dos preços e do custo de vida acompanhada do aumento do desemprego e diminuição da renda dos consumidores, 2016 promete não ser diferente. As previsões do Banco Central (BC) dão conta de que a inflação continuará a subir no decorrer deste ano, acumulando aumento de 6,86% no fim do exercício, após o salto de quase 11% - a ser confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – no ano anterior.

Alguns dos aumentos de preços previstos já começaram a valer no primeiro dia útil do ano, achatando ainda mais os ganhos dos consumidores, que terão que alterar ainda mais seus hábitos em 2016. Além disso, há o tradicional comprometimento da renda no início do ano com pagamento de impostos, matrículas e compra de material escolar.

Para se ter uma ideia, as tarifas do transporte coletivo de Belo Horizonte e região metropolitana começaram a valer à 0 hora do último domingo. Os preços das linhas de ônibus da Capital ficaram 8,24% mais caros, com a passagem mais comum passando de R$ 3,40 para R$ 3,70, enquanto o sistema metropolitano teve reajuste médio de 12,89%, saindo de R$ 3,95 para R$ 4,45.

O anúncio do reajuste foi feito pela Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) no dia 30 de dezembro e, segundo a empresa, está abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no mesmo período do cálculo tarifário, que é de 10,97%. A BHTrans alega que o reajuste é calculado levando-se em consideração a fórmula prevista nos contratos de concessão, que compreende a variação anual dos preços de cinco grandes itens de custo do sistema (óleo diesel, rodagem, veículos, mão de obra operacional e despesas administrativas).

Estacionar também ficou mais caro em alguns shoppings da Capital desde ontem. As primeiras quatro horas para estacionar nos centros de compras BH Shopping, Diamond Mall e Pátio Savassi – todos na região Centro-Sul da cidade -, passaram a custar R$ 10,40. Após este período, a fração de 15 minutos passou a custar R$ 2,60. Até o dia 31 de dezembro de 2015, o valor cobrado pelos shoppings do grupo Multiplan pelas quatro primeiras horas de estacionamento era de R$ 9. Dessa maneira, o reajuste chegou a 15% no novo valor do estacionamento.
 
Confins - O custo do estacionamento no Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), localizado em Confins (RMBH), também foi reajustado, passando de R$ 8 para R$ 10. A BH Airport, concessionária que administra o aeroporto, informou que a mudança anual na tarifa cobrada por hora foi definida com base na variação dos custos de operação e está alinhada com os preços praticados no mercado de Belo Horizonte.

Já o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) da capital mineira sofreu alta de 10,71%. Por meio da publicação no “Diário Oficial do Município” (DOM), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) justificou que o reajuste foi calculado pela variação do Índice de Preços ao Consumidor. Foram alterados ainda os valores da Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (TCR), da Taxa de Fiscalização de Aparelhos de Transporte (TFAT) e, no caso de imóveis não edificados, da Contribuição para o Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (CCIP).

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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