Uma das frutas preferidas dos brasileiros, a banana não precisa mais ser pesada em feiras, mercados ou sacolões de todo o Estado de São Paulo. Entrou em vigor ontem a Lei 16.121/2016, de autoria do deputado Hélio Nishimoto (PSDB), que desobriga a utilização da balança na hora da compra. A partir de agora, cada estabelecimento pode escolher a forma de venda: dúzia, cacho, quilo ou até unidade.
Em 2008, a banana começou a ser vendida por peso, quando foi promulgada a Lei 13.174. Nesse caso, a famosa expressão ‘a preço de banana’, que sempre significou baixo custo, perdeu o sentido, pois o consumidor passou a pagar mais caro pelo produto.
Em 2013, a lei foi mudada e liberou os feirantes da regra, mas eles eram obrigados a manter uma balança para que os consumidores, caso sentissem necessidade, fizessem a comparação de preços.
O feirante Edgar Yukio Kumano, 33 anos, comprou três balanças, mas fez pouco uso dos equipamentos. “Não liguei (as balanças) nenhuma vez. Ficaram aqui na barraca uns dois ou três meses e depois eu vendi. Foi dinheiro gasto à toa”, reclamou o comerciante, lembrando que nenhum consumidor pediu para fazer o teste.
Ontem, a equipe do Diário realizou a comparação. O cacho com uma dúzia de bananas-nanicas na barraca de Kumano, em São Caetano, custava R$ 4. A mesma quantidade no supermercado Nagumo, em Santo André, saía por R$ 4,49.
A doméstica Penha Bernardina de Paiva, 49, já tinha essa percepção. “Sempre é melhor comprar a dúzia porque sai mais barato. A qualidade é a mesma, mas o peso faz diferença”, destaca.
Em 2009, a fruta foi responsável por ‘unir’ adversários políticos na região. Os deputados Alex Manente (PPS) e Orlando Morando (PSDB) apresentaram projetos contrários à pesagem da fruta na hora da venda.
Veículo: Jornal Diário do Grande ABC