Segundo estimativa da Famasul, serão 500 mil toneladas a menos com problemas climáticos nas lavouras.
A produtividade dos agricultores do Mato Grosso do Sul afetados pelo excesso de chuvas deve cair 10%, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul). Por outro lado, a região norte do estado pode diminuir esses prejuízos, com a expectativa de 200 mil toneladas de grãos a mais nesta safra.
A oscilação climática afetou 27 municípios da região sul, como Dourados, Caarapó, Amambaí, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, entre outros, em uma área de 1,3 milhão de hectares.
"Em áreas onde a soja estava preparada para ser colhida, alguns talhões cozinharam dentro da vargem. Há um desconto sobre esse apodrecimento quando colhe e leva para o armazém", explica o analista em grãos da Famasul, Leonardo Carlotto.
No total, 500 mil toneladas devem deixar de ser colhidas. O Mato Grosso do Sul espera produzir 7,3 milhões de toneladas na comparação das 7 milhões registradas no ano passado. Na região afetada, esse número é de 3,7 milhões de toneladas ante as 4,2 milhões de previstas no começo do ciclo.
Para Carlotto, porém, as perdas podem ser menores se o clima se manter a estabilidade vista no final deste mês. "Entre o final de janeiro e primeira quinzena de fevereiro, pode ser diferente. Pensamos em reverter ou minimizar um pouco esses prejuízos", afirma.
Região norte
Se a temperatura prejudicou os produtores da região sul, não se pode dizer o mesmo nas lavouras do norte. A expectativa era colher 2,18 milhões de toneladas no começo da safra atual. A Famasul subiu a previsão e agora espera 2,4 milhões de toneladas de grãos.
"Na Região Norte está chovendo, mas os produtores plantaram mais tarde e ainda precisam de chuva. Nós esperamos 200 mil toneladas para equilibrar a balança", conclui.
Veículo: Jornal DCI