Mesmo com o contínuo avanço do volume de internautas no País, que hoje soma 119 milhões de pessoas, entidades preveem que em 2016, pela primeira vez, haverá queda no volume de transações.
Segundo a consultoria E-Consulting, o varejo on-line deve faturar R$ 62,4 bilhões em 2016. O resultado é 2,35% menor do que o registrado no ano passado. Para o CEO da E-Consulting, Daniel Domeneghetti, o reflexo da retração está intimamente ligado com o encolhimento da economia, que teve impacto na confiança dos consumidores, na restrição de crédito e na inflação.
Além deste cenário soma-se a nova regra do ICMS no comércio eletrônico, que aumenta a alíquota do imposto. "A burocracia criada com o pagamento do tributo em mais de um estado afeta no preço do produto final, que impacta no bolso do consumidor, em função do aumento do imposto, e que, por fim, atinge as vendas nas operações de e-commerce. É uma rota em constante colisão, cujo segmento deverá driblar com a execução de novas formas de encantamento aos seus compradores", como explica o executivo.
Ainda de acordo com o estudo, os números negativos representam a soma trimestral das vendas on-line de três setores: automóveis, bens de consumo e turismo. Dentre estas três categorias mensuradas, o segmento de bens de consumo ainda possui maior representatividade com 51,8% da fatia do varejo on-line.
Se no ano passado o cenário deste setor era aquecido, com arrecadação calculada em R$ 32,2 bilhões, em 2016 as compras de televisores, geladeiras, smartphones, dentre outros itens duráveis, deve crescer apenas 0,3%, com previsão de arrecadar algo em torno dos R$ 32,3 bilhões.
Já o turismo on-line, categoria que contempla 27,1% da fatia do volume, cairá 4% em relação ao ano passado, com a expectativa de gerar R$ 16,9 bilhões, frente aos R$ 17,6 bilhões de reais movimentados em 2015. Para a categoria automóveis, com participação de 21,2% no varejo eletrônico, estima-se uma queda de 6,4%. Falando em cifras, o volume cai de R$ 14,1 bilhões para R$ 13,2 bilhões.
Veículo: Jornal DCI