Com o dólar em patamar alto, cresce o número de empresas que substituem importações por mercadorias feitas no Brasil. Mesmo com perda de qualidade de alguns produtos, a troca estimula a economia.
Nos setores têxtil e de confecção, por exemplo, é estimada a transferência de 250 milhões de peças que seriam compradas no exterior, calcula Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). "O Brasil pode suprir essa procura, estamos com grande capacidade ociosa na indústria", aponta Pimentel.
Produtos como camisetas e bermudas, que passaram a ser mais importados no começo desta década, estão entre as peças substituídas.
Esse movimento já se reflete nas empresas importadoras. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), houve queda de 16% na quantidade de importadoras brasileiras neste ano. No primeiro trimestre de 2015, 28.362 companhias fizeram compras de outros países, ante 23.904 nos três primeiros meses deste ano.
A troca por produtos made in Brazil também é realizada por importadores de bens de capital, afirma Paulo Castelo Branco, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei). A substituição acontece principalmente com aparelhos convencionais, também fabricados no País.
Veículo: Jornal DCI