As marcas próprias não param de ganhar consumidores no Brasil. De acordo com dados apurados pela Kantar Worldpanel, elas conquistaram meio milhão de lares em 2015 em comparação com 2014. Ao todo, 31,9 milhões de domicílios consumiram marcas desse tipo no ano passado. Houve um crescimento de 0,8 ponto percentual na penetração, com 3,4 unidades sendo compradas por visita ao ponto de venda, além de um ticket médio de R$ 7,81 e frequência de 5,6 vezes no período analisado.
Ainda muito focadas em básicos, as marcas próprias têm como produtos mais vendidos os detergentes em pó, sabão em pedra, desinfetante, batata congelada e catchup.
A classe C é a responsável por puxar o aumento no número de consumidores, com um aumento de 3 pontos percentuais, no entanto as marcas próprias se concentram também em lares de famílias pequenas e sem crianças, de classe alta (A/B) e de pessoas com 50 anos ou mais.
Assim como ocorre no Brasil, onde esse tipo de marca ganhou força em um momento de instabilidade econômica, países que passaram por crises, entre eles Espanha e Argentina, incorporaram as marcas próprias com o objetivo de desenvolver o consumo.
Consequência da maior presença das marcas próprias nos carrinhos dos brasileiros é que os produtos assim classificados são cada vez mais bem avaliados pela população. Segundo o estudo da Kantar Worldpanel, 86% dos shoppers classificaram como bom/muito a qualidade dos itens. Em 2013, esse número era de 74%. O preço também se destaca na opinião dos compradores: 77% os consideraram bom/muito bom em 2015. Dois anos antes, os satisfeitos com o quesito estavam em 68%.
Os dados revelam ainda que os consumidores de marcas próprias utilizam mais os tabloides e folhetos dos supermercados que a média e já são capazes de reconhecer os produtos mesmo sem o nome da loja que o comercializa.
Veículo: Site Investimento e Notícias