Comércio em Minas registra queda de 0,7%

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                                  Apesar de o resultado ser negativo, desempenho no Estado ficou acima da média nacional, aponta IBGE.

As vendas do comércio varejista em Minas Gerais recuaram 0,7% em março frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo observado no Estado foi menos intenso que na média nacional, quando registrou baixa de 0,9%. Os resultados de Minas superaram os nacionais em todas as bases de comparação.

De acordo com o analista de pesquisa da PMC do IBGE, Nilo Lopes de Macedo, os resultados do Brasil de uma forma geral têm sido fortemente influenciados pelo cenário econômico. Segundo ele, com o aumento do desemprego e a consequente diminuição da renda, as pessoas estão priorizando seus gastos. Itens como veículos, móveis e eletrodomésticos, por exemplo, têm registrado as maiores baixas.

“No caso de Minas Gerais, vemos uma situação um pouco diferente, embora o cenário seja o mesmo. O que acontece é que o Estado demora um pouco mais para responder, até pelo setor agrícola, que ainda vai bem”, sugere.

Na comparação entre março deste ano e o mesmo mês de 2015 houve crescimento de 1,3% no comércio mineiro enquanto no Brasil observou-se recuo de 5,7%. Quando avaliado o desempenho do setor no acumulado do primeiro trimestre deste exercício houve decréscimo de 0,6% no nível de comercialização em Minas, enquanto em âmbito nacional a queda chegou a 0,7%. Já no que se refere aos últimos 12 meses as diminuições do índice foram de 1,7% no Estado e de 5,8% no País.

Na análise mensal, dos oito segmentos avaliados, quatro registraram decréscimo nas vendas no Estado, com destaque para tecidos, vestuário e calçados, que teve baixa de 19,7% em março deste ano contra o mesmo período de 2015. Em seguida, o grupo de móveis e eletrodomésticos apareceu com recuo de 12,4% e livros, jornais, revistas e papelaria com baixa de 7,5%.

Na outra ponta, outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentaram a maior alta: 20,9%. Logo em seguida apareceram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com aumento de 8,7%.

Quando consideradas as vendas efetuadas no acumulado de janeiro a março, a análise setorial também apresentou quatro categorias com resultados negativos e quatro com retração. Tecidos, vestuário e calçados tiveram baixa mais expressiva: -16,9%.

Os crescimentos foram observados em outros artigos de uso pessoal e doméstico (15,7%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (13,7%), entre outros.

Ampliado - Já no diagnóstico do comércio varejista ampliado, que conta com todos os setores pesquisados incluindo veículos, motocicletas, partes e peças, além de material de construção, tanto o Estado quanto o País apresentaram variações negativas em todas as bases de comparação. Em março deste ano frente a março do ano passado os resultados foram de -4,3% para Minas e -7,9% para o Brasil. Já no primeiro trimestre foram: -4,3% e -9,4% e nos últimos 12 meses -6,9% e -9,6%, respectivamente.

 




Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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