Mesmo ocorrendo no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, o evento não tem animado os consumidores
Este ano, por conta da instabilidade econômica, os Jogos Olímpicos Rio 2016 não devem aquecer o comércio varejista. Artigos com os motes oficiais do evento serão raros, pelo menos em Fortaleza. O desânimo vem desde a ponta da cadeia, que não produziu os artigos, até o consumidor, que não está entusiasmado com as Olimpíadas, mesmo ocorrendo no Brasil, no Rio de Janeiro, entre 5 e 21 de agosto. A saída dos comerciantes é trabalhar, mais próximo à data, os produtos com estampas do Brasil e, também, os que têm cores verdes e amarelos e foram produzidos para Copa de 2014.
Na BD Sports, localizada no Centro da Capital, o clima só aparecerá uma semana antes dos jogos, quando uma vitrine temática com artigos para as modalidades disputadas será montada. No destaque, atividades aquáticas, lutas, voleibol e tênis de mesa. “Cada vez que tem um evento deste, aumenta entre 50% e 80% a procura e a venda pelos produtos destinados aos esportes em evidência”, afirma o gerente de vendas da BD Sports, Nazareno Andrade.
Segundo ele, o comportamento das pessoas muda no período, especialmente entre o público de 8 a 15 anos. Os produtos sugeridos vão de R$ 9,90, um protetor de ouvido para ser usado em provas de natação, a R$ 600, um tênis adequado para o atletismo. As medalhas também são muito consumidas no período, pois as escolas da Capital também aproveitam para estimular a prática esportiva e promovem campeonatos entre os alunos.
Produtos licenciados
Andrade comenta, ainda, que apenas um representante de produtos oficiais licenciados esteve na loja, em fevereiro, mas, no momento, ele ainda não estava fazendo compras para ocasião, e o vendedor não retornou mais. “A gente sempre trabalha estes produtos, mas devido à atual dificuldade econômica, não adquirimos em fevereiro. Mas eles mesmo não investiram nas vendas e informaram que quando a cota fosse batida não visitariam mais as lojas”, revelou. O único produto alusivo realmente ao evento disponível na loja é a réplica da bola Errejota, da Adidas, que será usada nos gramados dos Jogos Olímpicos 2016.
Já em outra loja esportiva, Casa do Esporte, uma das mais antigas do Centro, o gerente Flávio Barroso reclamou que não vende, pois nenhum representante oficial do evento o procurou. Eles nunca venderam artigos oficiais aqui. “São muito fechados e colocam várias restrições e limites de compras”, comentou.
Multicoisas
A gerente do Atacadão Mix, Luzimar Saboia, informou que não apostaram na data e não houve investimentos para adquirir produtos com a temática. “Vou colocar à venda, duas semanas antes das Olimpíadas, chaveiros e trombones que já temos no estoque. Apostamos muito na Copa e vendemos pouco”, disse.
Na Fort Tudo, a gerente Ana Célia Matias declarou que nenhum representante comercial passou na loja e não foram comprados itens para as Olimpíadas.
Verde e amarelo
As Olimpíadas vão servir para Casa Guilherme zerar os estoques de produtos com o tema Brasil. “Essa seção sempre está na loja, são produtos que não conseguimos vender na Copa. Estávamos aproveitando a Copa América e as manifestações para vender”, disse o gerente da loja, Marcelino Sousa Queiroz. Para as Olimpíadas, a expectativa de vendas é pequena. “Não será significativo”, afirmou. Por lá, também não passou nenhum vendedor de produtos licenciados.
Veículo: Diário do Nordeste