Bretas ultrapassa Zaffari e assume o quinto lugar

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Os maiores destaques em 2008 no ranking brasileiro de supermercados foram as redes regionais de Minas Gerais, Paraná e dos Estados ao Norte do país. Essas varejistas continuam se expandindo em territórios onde as três grandes cadeias - Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart - ainda não conseguiram chegar ou enfrentam dificuldade para competir com o varejo local.

 

O Bretas, que só possui lojas no interior de Minas Gerais, subiu duas posições no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e passou a ser a quinta maior cadeia do país, superando o Zaffari, do Rio Grande do Sul.

 

Sediada em Contagem (MG) e controlada pela família Bretas, a rede também passou à frente de outra rede de supermercados de Minas Gerais, o Epa, que disputa o mercado de Belo Horizonte com as três grandes cadeias. A varejista caiu do sexto para oitavo lugar no ranking da Abras.

 

Outras duas redes mineiras, o Supermercados BH e o Bahamas, também apresentaram um forte desempenho em 2008, com taxas de crescimento próximas a 20%. "O mercado de Minas ainda é muito pulverizado. O Estado possui micro-regiões bastante distintas entre si, como se fossem Estados diferentes", afirma Eugênio Foganholo, da Mixxer, consultoria especializada em varejo. O Bahamas, por exemplo, é forte na Zona da Mata.

 

Segundo o presidente da Abras, Sussumu Honda, as redes mineiras são bem-sucedidas com modelos de negócios distintos. As lojas do BH são pequenas, de mil metros quadrados, enquanto o Bretas atua com lojas médias e de baixo custo operacional.

 

Outra rede regional que apresentou um bom desempenho em 2008 foi a Comercial Carvalho, do Piauí, cujas vendas aumentaram 16%. A varejista está praticamente sozinha no Estado, onde as três grandes cadeias não se fixaram ainda e já é uma das maiores empresas piauienses. No Pará, a Yamada e a Lider também ocuparam e assumiram a liderança do mercado, mas suas taxas de crescimento foram mais modestas, de 7,5% e 12%, respectivamente.

 

Por terem uma forte presença em seus mercados regionais, essas varejistas são vistas como atraentes alvos de aquisição por parte das três grandes cadeias. "Da quarta colocada no ranking para baixo, todas as empresas estão, teoricamente, à venda. O problema é sempre a que preço", afirma Honda. "O Bretas, por exemplo, seria um excelente ativo para as três grandes cadeias", avalia Foganholo.

 

Mas não foram só as cadeias em mercados emergentes do Brasil que apresentaram um bom desempenho em 2008. O Prezunic, no Rio de Janeiro, e o Sonda, na capital paulista, enfrentam a concorrência das três grandes cadeias, mas encontraram espaço para crescer 21% e 25%, respectivamente.

 

Segundo consultor de varejo da GS&MD, Alberto Serrentino, os controladores do Prezunic "acertaram a mão" no posicionamento da rede, que nem é muito sofisticada, como o Zona Sul, nem muito popular. "O Prezunic nasceu do zero (em 2001) e já é sétimo maior supermercado do país", diz Serrentino. A cadeia foi criada pelos herdeiros da antiga rede RDC, que foi vendida para o Carrefour há cerca de dez anos.

 

Veículo: Valor Econômico


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