As duas maiores varejistas do Paraná, Muffato e Condor, conseguiram avançar posições em 2008 no ranking da Abras. Com investimentos em novos pontos-de-venda e foco em atuação regional, elas cresceram 24% e 29%, respectivamente, bem mais que a média das 20 maiores, e estão otimistas para 2009. Ambas planejam abrir mais lojas e, com elas, aumentar em 20% o faturamento.
O Muffato, que passou da 10ª para a 9ª colocação, com faturamento de R$ 1,42 bilhão, conta com 30 lojas no Paraná e duas no interior de São Paulo. "Foi o ano de maior crescimento da empresa. Aproveitamos o bom momento que viveu o país", disse Everton Muffato, diretor comercial, que toca junto com outros três irmãos o negócio fundado pelo pai há 38 anos. Ele contou que no ano passado foram compradas três lojas no Norte do Estado, foram inauguradas mais duas unidades e construído um centro de distribuição em Cambé, próximo a Londrina, com 50 mil metros quadrados de área útil.
O empresário prepara-se para abrir a quinta loja na região de Curitiba, no primeiro semestre, e deve construir outra em 2009, em local não revelado. Além do crescimento orgânico, não estão descartadas aquisições. "Estamos atentos a oportunidades." Everton é presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e disse que o desempenho das redes locais são prova de que "o segmento não está nas mãos de multinacionais". Sobre o resultado do primeiro trimestre, ele adiantou que "vai ficar dentro dos objetivos".
O Condor, que era o 14º, pulou duas posições e ficou em 12°, com faturamento de R$ 1,19 bilhão. O fundador da empresa, Pedro Joanir Zonta, contou que em 2008 investiu R$ 80 milhões, "o maior da história" em ampliação e pretende repetir o valor em 2009. No ano passado ele reformou duas lojas e inaugurou outras três. Em abril, o empresário vai colocar outra unidade em operação e mais duas vão ter as obras iniciadas nos próximos meses, para serem abertas no fim do ano.
Atualmente, a rede criada há 35 anos possui 27 lojas, todas no Paraná. Zonta também disse que está de olho em possibilidades de aquisições e já tem meta para 2014, quando planeja alcançar faturamento de R$ 2 bilhões. E quer avançar no ranking da Abras. "Estamos trabalhando para ficar entre os dez maiores." As vendas de janeiro a março, segundo ele, não frustraram as expectativas.
Veículo: Valor Econômico