Ânimo do consumidor faz varejo apostar em informática

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A categoria de informática deverá manter o ritmo de vendas este ano, entre as grandes varejistas, depois de um final de ano marcado pela forte alta nas vendas de computadores, especialmente os notebooks, que registraram boa saída nas redes Wal-Mart, Extra, Fnac, Lojas Colombo e Baú Crediário, por exemplo. A onda de interesse parece não ter diminuído. Prova disso é que a previsão da intenção dos consumidores de adquirir produtos de informática deverá saltar de 9% para 15% de abril a maio, ante o primeiro trimestre deste ano, conforme pesquisa trimestral do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), que será divulgada na próxima semana.

 

Na avaliação de Nuno Fouto, professor da FIA, há uma curva ascendente na intenção de compra de itens desta categoria de produtos, de janeiro de 2007 até março de 2009. "Já de 2005 a abril de 2007, a intenção de compra era praticamente nula." O especialista crê em um incremento nas vendas nos próximos anos e aponta a baixa penetração do produto no Brasil e as inovações em softwares como os principais motivos das aquisições.

 

"O País tem espaço fazer a primeira venda, e, quando o consumidor tem dinheiro, ele compra", diz Fouto. Este potencial também foi identificado pelas cadeias de varejo, tanto que a gaúcha Lojas Colombo estima aumento na casa de 30% para as vendas na categoria. Para Gladimir Somacal, diretor de Compras da rede, o crescimento em informática dentro da rede chegou a 18% no ano passado. Ele só não chegou a 20% devido à crise, e a linha de notebook representou quase 60% das vendas.

 

O executivo observa ainda que "os consumidores preferem comprar um computador a uma segunda TV. A presença do produto nos lares ainda é pequena se comprada com um televisor", comenta Somacal. A Colombo possui 365 unidades entre o Sul e o Sudeste e focará sua expansão este ano em lojas compostas por maior mix de itens tecnológicos.

 

Liderança

 

Na rede de lojas do Baú Crediário, do Grupo Silvio Santos, formada por 15 pontos-de-venda e que deverá inaugurar mais nove este ano, a seção de informática foi a que registrou maior volume de vendas em 2008. De acordo com Luiz Sebastião Sandoval, presidente da companhia, o ritmo deverá ser mantido. "Esta será nossa aposta este ano, tanto que inauguramos uma loja dentro de uma universidade somente com artigos de alta tecnologia", ressalta Sandoval. A rede paulista parece ter seguido os passos da gaúcha Colombo que realizou ação semelhante ano passado.

 

O plano inicial da cadeia de lojas a médio prazo é colocar em operação 100 lojas, com aporte total de R$ 120 milhões, sendo que apenas neste ano será destinado o montante de R$ 30 milhões a inaugurações. O presidente do Grupo Silvio Santos relata que a principal dificuldade é encontrar bons pontos para instalar as lojas, fato que justifica o interesse na aquisição da rede de lojas Ponto Frio.

 

Outro indicativo da estratégia da empresa é justamente a negociação com a rede paranaense Dudony, formada por 108 filiais, oito delas no interior paulista. "O objetivo é estar presente nas cidades com mais de 250 mil habitantes", diz Sandoval. Mas se houver alguma aquisição os planos serão revistos, garante ele.

 

Feirão

 

A bandeira Extra, do Grupo Pão de Açúcar, inicia hoje a 10ª edição de sua feira de informática, com parcelamento de até 15 vezes, sem juros no cartão Extra. O gerente de compras do setor de informática do Extra, Avelino Nogueira, espera que as vendas sejam 20% maiores em relação ao ano passado. Até o dia 15 de abril, a rede afirma que mais de 100 itens estarão à venda com descontos que chegam a 60%.

 

Já em relação ao desempenho de 2008, o executivo afirma que o volume de vendas registrado foi 25% superior quando comparado ao ano anterior, sinal de que o consumidor manteve as compras na categoria de informática.

 

A mesma perspectiva positiva é relatada por players pelo supermercadista Wal-Mart e pela Fnac. As redes informaram que as vendas de informática estão dentro das expectativas e deverão no mínimo repetir o mesmo desempenho de 2008 neste trimestre. O Wal-Mart reportou alta 80% na comercialização de notebooks e 20% de computadores de mesa, apenas este trimestre. Enquanto a multinacional francesa Fnac teve alta de 30% no ano passado.

 


Veículo: DCI


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