São Paulo - Nem a crise conseguiu aproximar o valor de mesmos itens encontrados nas listas escolares do 'volta às aulas 2017'. De acordo com pesquisa realizada com 10 estabelecimentos comerciais em São Paulo, a maior variação foi do lápis preto Natarja HB nº 2 da CIS/Sertic chegando a 457%. Os dados fazem parte de um levantamento do Fundação Procon-SP, e apontaram que outro item com variação alta foi a lapiseira da marca Shimmers, que chegou a 356,41%. Os itens pesquisados são considerados básicos, como apontador, borracha, caderno, canetas e colas.
Após a comparação de 168 produtos comuns entre as papelarias, constatou-se, em média, um acréscimo de 12,97% no preço desses itens. O IPC-SP (Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo) da Fipe, referente ao período, registrou uma variação na casa dos 6,65%. O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 8 de dezembro de 2016 e ao todo foram pesquisados 214 itens. E os preços atuais podem estar diferentes do levantamento. Segundo o levantamento, do total dos itens divulgados, o estabelecimento JB Papelaria, no bairro da Penha, foi o que apresentou a maior quantidade de produtos com menor preço (146 itens).
Já na lista de papelarias que apresentaram preço igual ou menor que a média levantada, o estabelecimento apresentou 100% de itens com esta característica. Seguido pela Japuíba (98%), Lepok (79%), Lapapel (57%), Magno's (51%), Kalunga (33%), Forte (16%), Artesco (13%) e Universitária (5%). Sendo que o número de itens encontrados para a comparação varia com relação ao estoque da companhia. Na Kalunga, o Procon-SP ressalta que a linha de cadernos não fez parte do levantamento, por possuir uma linha própria deste item e não trabalha com as linhas usadas no levantamento. A Momotaro e a Lepok também possuem menos de 50% do abastecimento dos produtos utilizados para a pesquisa.
Dicas
Segundo o Procon-SP, o objetivo da pesquisa é oferecer aos consumidores referências de preço, por meio dos valores médios obtidos na amostra pesquisada. No site da entidade é possível verificar o valor por item praticado em cada estabelecimento visitado. Uma dica apontada pela entidade é que os consumidores verifiquem quais dos produtos da lista de material já possui em casa e se estão em condição de uso e incentiva a troca de livros didáticos entre alunos que cursam séries diferentes. O Procon-SP também alerta que na lista de material, as escolas não podem exigir a aquisição de material de uso coletivo e higiene pessoal.
Vivian Ito
Fonte: DCI- São Paulo