As ações da Philips, maior fabricante de produtos eletrônicos da Europa, subiram 3,3% no pregão de Amsterdã após anunciar que sua redução de custos anuais excederá € 500 milhões (US$ 664 milhões) este ano. O programa de corte de custos progrediu "bem" no primeiro trimestre e começará a sustentar margens de lucro no segundo semestre deste ano, afirmou ontem em nota a empresa com sede em Amsterdã.
A Philips, cujas unidades de cuidados de saúde e iluminação competem com a General Electric (GE) e Siemens, informou ontem perdas pelo segundo trimestre consecutivo, devido à queda de vendas em suas três principais divisões provocada pela crise econômica. No dia 26 de janeiro, a Philips anunciou que eliminaria 6 mil postos de trabalho para reduzir custos. A empresa afirmou ontem que intensificará o seu processo de reestruturação ao longo deste trimestre, particularmente na unidade de iluminação. No Brasil, a companhia preferiu não se manifestar.
"Os efeitos dos corte de custo serão realmente visíveis e nós estamos falando aqui de números altos", afirmou Eric de Graaf, analista da Petercam, com sede em Amsterdã, que recomenda a "compra" das ações da companhia. "A Philips está operando em um mercado muito ruim, mas parece que tem as coisas sob controle. O medo de que as coisas dêem errado está diminuindo."Os papéis da empresa subiram aproximadamente € 0,40, para € 12,63. Até a segunda-feira, as ações já haviam recuado 12% este ano.
As perdas líquidas no primeiro trimestre foram de € 59 milhões, em comparação com lucros líquidos de € 294 milhões no ano anterior. A Philips tem sentido uma "significativa deterioração" em seus mercados, afirmou ontem em nota Gerard Kleisterlee, principal executivo da empresa. A divisão de cuidados médicos foi afetada pela queda nas vendas de sistemas de imagem e monitoramento de pacientes. Este mercado permanecerá fraco, especialmente nos Estados Unidos, disse a Philips.
Veículo: Gazeta Mercantil