Na semana passada, uma empresa colombiana teve autorização para a importação de 2% de suas compras totais de café robusta, cenário que pode gerar oportunidades para o produtor brasileiro em um momento no qual a safra do conilon tende a ter bons resultados.
Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, acredita que a possibilidade desse novo mercado é muito importante. A Colômbia já importa arábica proveniente do Brasil e esse café robusta seria destinado para a indústria de solúveis.
Na questão logística, o Brasil tem tudo para ganhar esse mercado, já que os outros países produtores deste tipo de café estão mais distantes. "O Brasil tem sido um grande parceiro da Colômbia. Esperamos que eles deem preferência para o nosso produto", avalia Carvalhaes.
O país deverá colher uma safra maior neste ano, influenciado pelas informações de melhora na situação do Espírito Santo, gerando assim uma boa oportunidade de abastecer o mercado global.
Em março, os resultados de exportação foram positivos, embora abaixo dos períodos normais. Foram exportadas pouco mais de 2 milhões e 500 mil sacas, com destaque para uma desenvoltura melhor do café conilon.
O Cecafé esteve participando de uma reunião da Organização Internacional do Café (OIC) no México, na qual Carvalhaes observou que a Ásia figurava como um novo mercado de interesse. Preocupa ainda a saída dos Estados Unidos da organização, posição que deve tentar ser revertida.
Fonte: Notícias Agrícolas