A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) reconhece a legitimidade do movimento de paralisação dos transportes que ocorre em todo o País.
É notório que a política de reajuste de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras penaliza e inviabiliza amplos setores da economia brasileira. O aumento reiterado e abusivo do preço do Óleo Diesel não afeta apenas as empresas de transportes e os caminhoneiros autônomos mas, também, prejudica os produtores rurais que utilizam esse combustível em máquinas e implementos agrícolas.
Nesse momento particularmente grave da história brasileira é necessário que o Governo, o Congresso Nacional, o Poder Judiciário e as categorias profissionais em greve discutam e formulem uma equação para a política de reajustes do combustível. Essa política não pode se restringir a isenção parcial ou temporária de tributos, pois seria apenas medida paliativa e procrastinadora de uma solução.
O que o Brasil necessita é uma política de longo prazo para os combustíveis, orientada para estimular o trabalho e a produção, melhorando as condições de produtividade e competitividade dos produtos nacionais no Brasil e no exterior.
A FAESC e as classes produtoras rurais estão solidárias com os caminhoneiros. A Federação, entretanto, apela para o senso de justiça dos caminhoneiros no sentido de cumprir o acordo firmado nesta semana em Brasília com o comando de greve, para a liberação das cargas vivas (aves, suínos, bovinos etc.) e de rações que circulam nas rodovias federais e estaduais, bem como parte dos produtos acabados que abarrotam os frigoríficos.
Esse acordo impedirá a derrocada do sistema produtivo, evitando a falência das famílias rurais e a ruína das agroindústrias da carne. É preciso lembrar que essa cadeia produtiva passa por sua pior fase com a perda de importantes mercados e pesados prejuízos financeiros.
Caminhoneiros e produtores rurais são irmãos na missão de construir um Brasil com justiça social, igualdade de oportunidades, valorização do trabalho, estímulo aos empreendimentos e combate sem tréguas à corrupção
Fonte: MB Comunicação