Safra argentina deve ser a menor em um século

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A Argentina está prestes a semear a sua menor safra de trigo em quase um século, uma vez que os campos enfrentam a falta de chuva e os produtores, com poucos recursos devido à quebra de suas safras de milho e soja, reduzem ao máximo seus gastos.

 

Os produtores deverão decidir nesta semana o quanto vão reduzir o plantio na estação a ser iniciada em junho, no meio da pior seca em 70 anos e com o empecilho adicional das restrições às exportações, informou Ernesto Ambrosetti, economista-chefe da Sociedad Rural Argentina, a maior associação agrícola do país.

 

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou em 6 de maio que a previsão era de que o país semeasse a menor safra de trigo desde o início dos registros desses dados, em 1910. Os preços do trigo subiram 3,7% na semana passada, enquanto os da soja aumentaram 1,9%, em parte por causa da queda potencial das exportações argentinas.
"Existem desestímulos políticos e econômicos ao plantio de trigo, mas também existe uma terrível seca", disse Ricardo Forbes, que foi presidente da Bolsa de Cereais até o mês passado.

 

Os produtores do chamado cinturão do trigo, na província de Buenos Aires, só vão plantar mais se a sua terra receber pelo menos 200 milímetros de chuva em maio, disse ele.
A bolsa informou ainda que os produtores das províncias sulinas de Buenos Aires e La Pampa, as mais duramente atingidas pela seca, poderão ter chuva ainda nesta semana.

 

A bolsa prevê que os produtores plantarão 3,7 milhões de hectares de trigo, menos da metade do recorde de 9,2 milhões de hectares alcançado na estação 1928-1929. A última safra de trigo da Argentina, que também foi prejudicada pela seca, caiu para 8,3 milhões de toneladas, em comparação com as 16,3 milhões de toneladas da temporada anterior, segundo o Departamento de Agricultura.

 

A Argentina cairá de quinto para sétimo maior exportador de trigo do mundo este ano, previu o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, pelas iniciais em inglês). O país poderá deixar totalmente de ser um exportador do grão se não houver chuva em maio, disse César Gagliardo, presidente da corretora de cereais argentina Artegran SA, em 17 de abril.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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