Consumo interno de café cresce em 2009

Leia em 2min 10s

As vendas de café para o mercado interno cresceram 14,4% entre fevereiro e março deste ano, mesmo com os prognósticos de desaceleração na demanda por causa da crise. O bom desempenho fortalece as análises de especialistas, cuja previsão no auge da crise era de manutenção no consumo em virtude do baixo impacto que o produto traz ao orçamento doméstico. Segundo representantes da indústria, a estabilidade nos preços do café é um dos principais fatores que estimulam o consumo. Conforme dizem, o custo com a industrialização da matéria-prima em São Paulo representa 65% do produto final.

 

A pesquisa foi realizada pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) e contou com a participação de 60 torrefadoras de todos os portes. O índice de desempenho saltou de 127,87 em fevereiro para 146,36 em março. Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic, a base de referência utilizada foi fevereiro deste ano porque houve mudança na metodologia de apuração. Conforme explicou, até este período, 18 empresas participavam da avaliação. "Podemos dizer que as vendas e o consumo de café no mercado interno estão passando longe da crise. Nós até esperávamos que o consumo não fosse afetado, mas esse crescimento se mostrou surpreendente", avaliou o diretor-executivo.

 

O consumo de café dentro e fora de casa no Brasil, conforme analisou, não apresentou redução. "Nos Estados Unidos, por exemplo, as indústrias já notaram mudança no perfil de consumo, que agora é mais doméstico. Porém, não notamos isso por aqui", disse. Para ele, boa parte do sucesso está relacionada à estabilidade dos preços. Desde o início do plano real, os preços do café na prateleira dos mercados variou entre 30% e 35%, número pequeno na sua opinião se comparado aos 300% de aumento na cesta básica.

 

Herszkowicz afirmou que as despesas com outros insumos de produção como frete e mão-de-obra subiram nos últimos anos. No entanto, disse que só foi possível absorver esse custo por causa do aumento no volume das vendas. "O aumento no consumo acaba aliviando a rentabilidade. Mesmo com a margem de lucro mais apertada, as empresas ganham com o volume de produção", observou.

 

Em 2008, a projeção de consumo interno calculada pelas indústrias era de 18 milhões de sacas. No entanto, as vendas atingiram pouco mais de 17,6 milhões de sacas. Para 2009, a Abic revisou a previsão de crescimento de 6% para 4%, o que segundo analistas ainda é positivo.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


Veja também

APP começa a diversificar a oferta de couché no Brasil

Personalização completa. Essa pode ser a alternativa de diferenciação para algumas publica&c...

Veja mais
Leite

O Brasil filiou-se, na última semana, à Federação Internacional de Laticínios (FIL). ...

Veja mais
Azeite de Minas perto do mercado

Produto deve ser o primeiro em escala comercial no país; clima definirá safra    Se nenhu...

Veja mais
Entregas rápidas: UPS entra no mercado de remessas domésticas

A americana United Parcel Service (UPS) incluiu o Brasil no grupo de 17 países em que a empresa vai iniciar servi...

Veja mais
Energizer compra parte da SCJohnson

A Energizer Holdings, fabricante das pilhas com o mesmo nome, anunciou ontem a compra da divisão de produtos para...

Veja mais
Produtores de tangerina protestam contra restrição

    Uma reunião, amanhã em Brasília, deve definir o futuro das medidas que proibiram o ...

Veja mais
Dia das Mães forte

O Grupo Pão de Açúcar - que envolve as redes Pão de Açúcar, Extra, Compre Bem ...

Veja mais
Venda do Gimenes

Os credores da rede Gimenes de supermercados, em recuperação judicial desde dezembro, adiaram mais uma vez...

Veja mais
Consumidor volta às compras e anima varejo

Redes de varejo já percebem os primeiros sinais de que a crise econômica caminha a passos mais lentos e que...

Veja mais