O setor atacadista distribuidor registrou um crescimento real de 8,5% no ano passado, chegando a um faturamento de R$ 120,8 bilhões. O crescimento é atribuído ao fortalecimento das classes C, D e E, e também ao sortimento mais completo do varejo de pequeno e médio portes. "Em função da crise financeira mundial, estamos prevendo um crescimento entre 3% e 4% para este ano", afirma o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Carlos Eduardo Severini.
Os dados, que fazem parte do Ranking ABAD/Nielsen 2009, mostra um pequeno crescimento da participação do setor no mercado de consumo do varejo alimentar. Em 2007, o atacado distribuidor teve uma participação de 53,3% nesse mercado, passando para 53,4% no ano passado.
Na avaliação da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), o resultado consolida uma tendência de crescimento iniciada pelo segmento em 2000, quando o atacado distribuidor tinha uma participação de 38,7% no mercado de consumo de varejo alimentar. Os ganhos em faturamento são atribuídos à prestação de serviços para o varejo de pequeno e médio portes, que ganharam projeção com a estabilidade econômica.
Segundo a Nielsen, 95% dos supermercados pequenos (de um a quatro caixas) e 40% dos médios (de cinco a 19 caixas) são abastecidos por empresas atacadistas distribuidoras.
O ranking mostra um crescimento de 25,1¨% no número de funcionários do setor atacadista distribuidor e de 23,4% no número de vendedores. Atualmente, o segmento emprega mais cerca de 204 mil pessoas diretamente.
Ranking
Com faturamento de R$ 4,92 bilhões, o Makro manteve-se na primeira posição do ranking do setor pelo conceito de autosserviço. O Assai, controlado pelo Grupo Pão de Açúcar, continua na segunda posição com um faturamento de R$ 1,46 bilhão. O Tenda Atacadão, que participou da pesquisa pela primeira vez, aparece na terceira posição com faturamento de R$ 1,21 bilhão. O Atacadão, de propriedade do Carrefour, não participa da pesquisa.
Veículo: Gazeta Mercantil