O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estuda a possibilidade de estampar as imagens de alerta também na frente dos maços de cigarro. A orientação, segundo o diretor do Inca, Luiz Antônio Santini, é do Instituto para Controle do Tabaco (ITC, na sigla em inglês).
Segundo o coordenador do Projeto Internacional de Avaliação do Controle do Tabaco, Geofrey Fong, um estudo que filmou frequentadores de um pub na Austrália mostrou que 90% dos fumantes deixam a embalagem de cigarro voltada para a frente. “E as evidências são cada vez mais fortes de que as imagens despertam o desejo de parar de fumar”, disse Fong. No dia 5 de maio, entrou em circulação no Brasil o terceiro grupo de imagens que devem ser estampadas nos maços. As figuras foram analisadas durante dois anos e escolhidas por causarem um impacto emocional ainda mais forte nos fumantes. A campanha nos maços de cigarro começou a vigorar em 2001. Desde então, a indústria tabagista já entrou com pelo menos quatro ações contra a obrigatoriedade de estampar as advertências, mas, até agora, perdeu todas. As imagens que estão no mercado desde 2004 poderão coexistir com as novas até 5 de agosto, quando só poderão ser comercializadas as novas.
A nova campanha além de ter imagens mais chocantes, como a de um pé necrosado e o de um coração sendo retirado, traz em destaque o número do Disque Saúde (0800 611997), que dá orientações sobre como deixar o vício.
Veículo: Jornal da Tarde - SP