A crise internacional, que afetou o desempenho de empresas de todos os setores, levando a um encolhimento geral nos investimentos, não teve reflexos significativos sobre os aportes em meio ambiente de um importante grupo de empresas. Apesar de muitas terem reduzido o ritmo de produção e interrompido a operação de diversas unidades, a preocupação com o meio ambiente se manteve entre as prioridades das companhias.
Entre os projetos, o maior destaque é a preservação ambiental. A Vale, por exemplo, zerou seu footprint, ou seja, a área recuperada ou plantada pela empresa é igual ou superior à utilizada em suas atividades de mineração. Já a Aracruz Celulose estuda as mudanças climáticas e incentiva o plantio de diversas culturas em áreas de eucalipto, para estimular famílias de comunidades no entorno de sua fábrica.
As emissões de gases de efeito estufa (GEE) também vêm sendo combatidas pelas empresas. A Souza Cruz, por exemplo, realizou um inventário de emissões de GEE e já conseguiu neutralizar cerca de 91% de suas emissões. A Natura reduziu no ano passado suas emissões de gases em 3%, com a meta de chegar a 2011 com queda de 33% nos GEE.
Outros casos são os de companhias como a EBX, que investiu R$ 28 milhões na recuperação da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, e espera concluir a despoluição do espelho d"água até setembro de 2010. Além disso, a companhia possui mais de 400 mil hectares de áreas preservadas no Pantanal, em Fernando de Noronha e nos Lençóis Maranhenses.
A Ambev está reduzindo os impactos da produção de suas fábricas, diminuindo o consumo de água e reaproveitando resíduos sólidos. O Grupo Pão de Açúcar vem combatendo o desperdício de sacolas plásticas e alimentos, além de reduzir o consumo de energia.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ