O Forno de Minas voltou a ser produzido no fim de maio, após a marca retornar para seus fundadores
A Forno de Minas, instalada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e que voltou a produzir no fim de maio, já está fornecendo pão de queijo para o mercado do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, a empresa está concluindo as negociações com antigos clientes para voltar a abastecer Minas Gerais e os demais estados do país. A estimativa é que sejam produzidas inicialmente mil toneladas do produto por mês, com previsão de dobrar essa quantidade nos próximos cinco anos.
O faturamento previsto para o primeiro ano de funcionamento é de R$ 110 milhões. Para o segundo exercício, a expectativa é chegar a R$ 150 milhões. Na planta de Contagem, que conta com 300 funcionários, não será produzido somente pão de queijo, mas também massas folhadas doces e salgadas. A Forno de Minas foi recomprada no mês passado pela MK Empreendimentos, empresa da família que a fundou em 1991 e que acabou vendendo a marca para umaa multinacional oito anos depois.
"Desde que readquirimos a empresa, comprando-a de volta da General Mills, refizemos a fórmula do pão de queijo original que lançamos há cerca de 10 anos, e estamos nos preparando para retomar o fornecimento para todo o Brasil", explicou um dos sócios e diretor comercial da MK Empreendimentos, Vicente Camiloti. A receita foi criada pela mãe de dois outros sócios, Dalva Couto Mendonça, que, segundo Camiloti, tem se envolvido pessoalmente na produção.
"Ela está muito empolgada e logo cedo, pela manhã, já está na fábrica, colocando a mão na massa", disse Camiloti. Além de produzir pão de queijo e folhados, a empresa assumirá também a fabricação das massas Frescarini, mas com outro nome. "Compramos da General Mills a estrutura e tecnologia de produção dessa massa, mas não o direito de uso da marca. Então, vamos aprimorá-la e lançar um produto ainda melhor", garante o empresário.
Aporte - O investimento total, desde a aquisição da fábrica, equipamentos, matéria-prima, contratação de mão-de-obra, marketing e reformulação da estrutura comercial gira entre R$ 50 milhões e R$ 55 milhões. Para incrementar os negócios, a empresa está organizando nove escritórios comerciais, distribuídos nas principais capitais do país, como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.
"No Rio de Janeiro nossa filial já estava funcionando. Por isso começamos as vendas por lá. Em breve estaremos comercializando em Minas Gerais novamente. Isso só não aconteceu ainda porque nossos antigos clientes trabalham com estoques, que ainda não acabaram. Mas estaremos em breve vendendo para todas as grandes redes supermercadistas, para as quais temos reapresentado a marca", explicou. Segundo Camiloti, além dos supermercados, são clientes da Forno de Minas lanchonetes, cantinas de escolas e de empresas, padarias e cafés.
Outro investimento será em publicidade. A empresa retomou o contrato com a Lápis Raro, agência de Belo Horizonte que cuidava da conta antes da venda para a General Mills. "Planejamos investir cerca de 2% de nosso faturamento anual em publicidade e comunicação. Nosso site deverá ficar pronto no próximo mês", concluiu Camiloti.
Veículo: Diário do Comércio - MG