O Wal-Mart enxugou em 10% o seu quadro de diretores e gerentes no Brasil, com a eliminação de 19 cargos do terceiro e quarto escalões. As mudanças foram comunicadas ontem aos funcionários da área administrativa pelo presidente do grupo no país, Hector Nuñez.
A reorganização das funções, segundo a companhia, não atinge as demais áreas operacionais, como lojas e centro de distribuição. Também não houve alterações no segundo escalão (vice-presidências).
O Wal-Mart emprega ao todo 70 mil pessoas no Brasil, onde o grupo faturou R$ 16,9 bilhões em 2008. Do total de funcionários, 2 mil trabalham nos escritórios de São Paulo (sede), Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.
A eliminação de cargos de diretoria e gerência é mais uma etapa do processo de integração das operações do Bompreço e do Sonae, adquiridas pela multinacional em 2004 e 2005, respectivamente. O Bompreço, com sede em Recife, é líder em supermercados no Nordeste, enquanto a gaúcha Sonae é forte na região Sul.
Após as aquisições, o Wal-Mart optou por fazer uma integração lenta e gradual das operações e manteve postos de diretoria e gerência nas duas regionais - Nordeste e Sul. Alguns desses cargos estão sendo agora unificados e passarão a responder por toda a operação brasileira.
O Wal-Mart reiterou que os planos no Brasil estão mantidos. A multinacional prevê investir R$ 1,6 bilhão e abrir 90 lojas em 2009. Em 2008, investiu R$ 1,2 bilhão.
O Wal-Mart não foi o único varejistas a fazer mudanças do genero. O Grupo Pão de Açúcar promoveu uma ampla reorganização no quadro administrativo em 2008, quando o consultor Claudio Galeazzi assumiu a presidência do grupo. Na época, a varejista cortou 300 pessoas, sendo 20 diretores.
Veículo: Valor Econômico