Depois de muito segredo durante as negociações, o nome do comprador da Cooperativa da Volkswagen foi divulgado. A rede de supermercados Nagumo, - com 24 lojas, uma delas em Santo André - adquiriu a unidade andreense e a loja de Taubaté. Com isso, a Coopervolks passa a existir apenas em São Bernardo.
Procurada pela reportagem, a rede Nagumo não se pronunciou sobre o assunto.
O valor da transação não foi divulgado, mas segundo o diretor executivo da Coopervolks, José Domingos Castelli, o montante foi suficiente apenas para acertar as contas com os funcionários.
Os 89 colaboradores da unidade de Santo André foram demitidos e já receberam os encargos trabalhistas. "A boa notícia é que foi acordado que a rede Nagumo vai contratar esses profissionais quando inaugurar a loja, o que deve acontecer em cerca de quatro meses", explicou Jonas José dos Santos, diretor do Sindicato dos Empregados do Comércio de Santo André e Região.
O acordo prevê estabilidade de três meses. "Depois disso, fica por conta do desempenho do trabalhador", completou Castelli.
Os 94 trabalhadores da unidade de Taubaté também perderam os empregos temporariamente, até que a nova loja seja inaugurada. Neste caso, a previsão é de um a dois meses.
Cerca de 120 trabalhadores continuam atuando na loja de São Bernardo, mas o número pode ser reduzido. "Vamos ver como o cenário fica a partir de agora para depois realizarmos os ajustes", definiu Castelli.
FUTURO - O diretor executivo da Coopervolks explicou que o prédio de Santo André não foi vendido. "Somente alugamos o local, mas estamos prospectando a venda do imóvel e também do prédio de São Bernardo. Neste caso, teríamos dinheiro para o capital de giro e pagaríamos aluguel do prédio de São Bernardo", explicou.
Há planos para a construção de um multishop, com 400 estandes, no salão que fica em cima da antiga cooperativa de Santo André. "Estamos estudando isso, já que só locamos a parte de baixo e temos 6.400 m² disponíveis", declarou Castelli.
O prédio chegou a ser cogitado para sediar unidade do Poupatempo. "Para nós seria muito interessante, pois a média de pessoas que circulam no Poupatempo é de 7.000. Porém, como não conseguimos manter a loja de Santo André, o negócio deixou de ser vantajoso", lamentou o diretor executivo.
Veículo: Diário do Grande ABC