Além de investir no aprimoramento profissional, Fipan apresenta um festival de delícias.
A produção das padarias está mais sofisticada e criativa. Com misturas para pães e recheios e coberturas com brilho, as receitas ficam prontas em poucos minutos e com um visual bonito. A 14ª edição da Feira Internacional da Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimento (Fipan), que começou ontem e vai até sexta, no Expo Center Norte, em São Paulo, apresenta soluções rápidas e saborosas para o setor.
Aproximadamente 65 mil padarias do País recebem, diariamente, 40 milhões de consumidores. Para atender a demanda, é preciso oferecer uma linha variada de produtos, com agilidade. Pensando nisso, a Arcólor oferece misturas para bolos e pães doces e salgados. Neste ano, a novidade é a massa para o pão de tapioca, e as receitas para os pães integrais. "Nosso objetivo é facilitar a produção das padarias em um mercado tão concorrido", diz o diretor, Alexandre Gomes da Conceição.
Segundo ele, no primeiro semestre do ano, as vendas aumentaram 31% em relação a igual período do ano passado. "E a expectativa é manter esse crescimento até o final do ano". Os produtos da Arcólor são fornecidos para 3,5 mil distribuidores brasileiros, que repassam os itens para as panificadoras. "O mercado está bem mais sofisticado. Passou o tempo em que a padaria sobrevivia do pãozinho e do leite".
Um exemplo é a variedade de receitas sofisticadas oferecidas aos clientes. Uma rápida volta entre os estandes da Fipan confirma isso. A maioria dos expositores fabrica pães e outros quitutes ao vivo, com chocolate, frutas e queijos. O cheiro é irresistível e o sabor, melhor ainda.
No espaço da Harald, por exemplo, haverá treinamento para profissionais de panificação e confeitaria durante a feira. O ramo de padarias representa 30% do faturamento da empresa fabricante de coberturas. Para este ano, uma das novidades é o Harald Ganache Premium nos sabores chocolate ao leite, meio amargo e branco. A segunda é o Harald Stick, ideal para recheios de croissants, massas folhadas, pães doces e panetones. Em formato cilíndrico, a inserção nas massas é rápida e prática.
De acordo com o diretor comercial, Jacob Dalvani Cremasco, a empresa encerrou o primeiro semestre de 2009 com crescimento de 17%, com a expectativa de manter esse ritmo nos próximos seis meses. "No inverno, os negócios vão bem porque as pessoas comem muito chocolate. E no final do ano tem o Natal, nosso melhor período depois da Páscoa."
Outro diferencial percebido na feira são as embalagem utilizadas pelas padarias. Coloridas e com formatos diferenciados, deixaram de ser apenas uma caixa de proteção de pães e doces, para agregar valor ao produto. A Pris Embalagens fabrica 800 mil itens por mês, e atende cerca de 800 clientes. "Crescemos 23% no primeiro semestre", diz o sócio-proprietário, Fernando Fonseca.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), as padarias brasileiras empregam cerca de 2 milhões de pessoas, têm faturamento anual de R$ 44 bilhões e participação de 3,8% no Produto Interno Bruto (PIB). O consumo do pão no Brasil cresceu 1,5% em 2008, saltando de 33 quilos per capita para 33,5 quilos.
Veículo: Diário do Comércio - SP