A estagnação das vendas de chicletes não foi suficiente para prejudicar o resultado da Cadbury, que graças ao aumento nas vendas de chocolate conseguiu registrar uma surpreendente alta nas margens de lucro do primeiro semestre.
O lucro do primeiro semestre, excluindo itens extraordinários e efeitos cambiais, subiu 24%, a 262 milhões de libras. O lucro antes de impostos, caiu 16%, para 112 milhões de libras esterlinas (US$ 185,3 milhões), refletindo custos de reestruturação e a venda das unidades de bebidas da Cadbury na Austrália e Estados Unidos.
A margem de lucro anual da Cadbury deverá subir entre 80 e 100 pontos-base. A margem bruta, no entanto, caiu 20 pontos-base, já que os chicletes, que tiveram pior desempenho que os chocolates, possuem margens menores.
As vendas de chocolate (45% da receita) subiram 10%, impulsionadas pela expansão na África do Sul, Reino Unido e Índia; as de chiclete (35% da receita) mostraram-se estagnadas. Nos EUA, o crescimento do mercado de chicletes desacelerou-se da faixa de 7% a 8% para cerca de 3% a 4%, com as vendas afetadas pela alta nos preços e pelo declínio nas compras por impulso. Stride e Trident ganharam mercado, mas a marca Dentyne perdeu fatias por falta de inovação, segundo o CEO empresa, Todd Stitzer.
No Reino Unido, a participação dos chicletes da Cadbury caiu de 16% das vendas para entre 9% e 10%, afetada pela maior concorrência com a Wrigley. A Cadbury alertou para a alta dos custos com os do cacau, que subiram 30%, em relação a igual período de 20 08. As vendas totais subiram 13,4%, para 2,77 bilhões de libras.
Veículo: Valor Econômico