Samsung coloca no mercado aparelho com energia solar
Os fabricantes de celulares procuram atrair clientes com aparelhos que incorporam características de respeito ao ambiente. A Samsung acaba de lançar no Brasil, em parceria com a TIM, um telefone móvel com energia solar. "É o primeiro do mercado", afirma Silvio Stagni, vice-presidente da Divisão de Telecomunicações da empresa. "Além da bateria normal, a placa traseira é formada por células solares."
Ainda não é possível, no entanto, falar ao telefone usando somente com energia luminosa. Cada hora de carregamento ao sol equivale a 8 a 10 minutos de conversação. "É mais para uma situação em que a bateria está acabando", explicou Stagni. O preço sugerido do aparelho Crest Solar, em planos pré-pagos, é de R$ 199. "Ele tem o mesmo preço de aparelhos com as mesmas funções, mas sem a preocupação com o impacto no meio ambiente."
Existem outros aparelhos no mercado com essa preocupação. Em março, a Motorola lançou no Brasil o W233 Eco, fabricado com material reciclado de garrafas plásticas e com certificado de neutralização de carbono. O aparelho tem preço sugerido de R$ 199.
"Além de ser socialmente correto, o produto tem rádio FM e tocador de MP3, com 1 gigabyte de memória", afirmou Andréia Vasconcelos, gerente de Marketing da Motorola. "O aparelho é reciclado e reciclável." Ela destacou a importância de o produto estar posicionado numa faixa menor de preço, tornando-o mais acessível.
Para Rogério Takayanagi, diretor de Marketing da TIM, a sustentabilidade é uma maneira importante de a operadora se diferenciar num mercado competitivo como o de telefonia celular. "É necessário trabalhar o nível de preferência e de rejeição do consumidor", explicou o executivo. "Há uma rejeição muito grande às empresas, por causa de problemas de atendimento. A sustentabilidade mostra um compromisso de mais longo prazo."
A Nokia vende em outros mercados o modelo 3110 Evolve, que ainda não tem previsão de ser lançado no País. Ele é produzido com materiais reciclados e consome menos energia ao ser recarregado. "Esse modelo é só a ponta de lança, que leva a uma mudança na cadeia de fornecimento como um todo", explicou Gustavo Jaramillo, diretor de Serviços da Nokia. "Em breve, essas características devem ser adotadas na linha toda."
Veículo: O Estado de S.Paulo