Fabricante de cobertor reage a produto chinês

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Aumenta o coro das empresas brasileiras contra a China. Depois dos fabricantes de calçados e dos têxteis, agora é a vez de os fabricantes de cobertores chiarem contra a concorrência chinesa, que consideram ilegal.

 

A queixa é liderada pela Jolitex, a maior fabricante de cobertores do país, que entrou com um processo no Decom (Departamento de Defesa Comercial) contra o dumping de importados da China. O pedido está em fase de investigação.

 

A Jolitex não foi a mais afetada pela competição chinesa. De oito grandes fabricantes de cobertores nacionais que existiam há quatro anos, seis já fecharam as portas.

 

Segundo Fernando de Araujo Vitor, diretor da Jolitex, o cobertor chinês chega ao Brasil com o preço menor que o custo da matéria-prima no país.

 

"Enquanto um produto chinês entra no mercado brasileiro ao preço de US$ 3, nós pagamos entre US$ 10 e US$ 12 para produzir a mesma peça no país", compara.

 

O quadro desfavorável para o fabricante brasileiro tem derrubado a produção nacional de cobertores e aumentado a importação nos últimos anos, afirma Vitor.

 

Em 2005, entraram no país 500 toneladas de cobertores chineses. Em 2008, foram 5.800 toneladas, e a previsão para este ano é acima de 7.000 toneladas.

 

A competição com os cobertores chineses derrubou as vendas das fabricantes brasileiras. A Jolitex respondia por 80% dos cobertores de acrílico e poliéster vendidos no país em 2005. Agora, sua participação no mercado caiu para 40%.

 

"Se não fosse pela importação da China, teríamos vendido toda a nossa produção", afirma. "Não somos contra a entrada dos chineses no mercado de cobertores. Mas somos contra a venda de produtos subfaturados", diz Vitor.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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