Café: Ineficientes poderão sair do ramo

Leia em 2min

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem que alguns cafeicultores terão de mudar de ramo para ter renda. Baseado num relatório chamado Análise Estrutural da Cafeicultura Brasileira, elaborado por um grupo de trabalho formado por técnicos dos ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Planejamento e entidades do setor para nortear futuras tomadas de decisões do governo, ele informou que o Brasil é o único país com crescimento na produção de café arábica, graças ao aumento da produtividade, já que a área plantada se mantém constante.

 

"Isso é bom, mas dentro da atual estrutura temos produtores que terão que sair do mercado. Não terão como aumentar sua eficiência, principalmente em razão da região ou da topografia de onde estão produzindo", afirmou Stephanes, ao anunciar novas medidas para o setor.

 

Ele disse que esses cafeicultores estão com custos de produção elevados e não conseguirão ter renda com os preços praticados no mercado. Segundo o ministro, o custo de produção de uma saca de café arábica de melhor qualidade, no País, chega a variar de R$ 240 a R$ 340, sendo que o preço mínimo oferecido atualmente é de cerca de R$ 260.

 

O relatório mostra a transferência dos estoques mundiais de países produtores para consumidores. Enquanto nos últimos dez anos os estoques localizados em países que produzem café caiu de 54 milhões para 18 milhões de sacas, os países importadores elevaram a quantidade de produto armazenado de 8 milhões para 23 milhões de sacas. Além disso, as previsões são de que, nos próximos dois anos, seja produzido um excedente de 4 milhões de sacas.

 

"Então, eles decidem como e quando querem e sabem que nas próximas duas safras terá café para comprar", disse Stephanes. Por isso, o ministro destacou a importância de se planejar as ações futuras. "Ficou muito claro no documento que temos que começar a agir mais cedo no sentido de adotar os mecanismos para sustentar os preços", assinalou.

 

Além de liberar crédito no momento exato que os agricultores precisam, Stephanes disse que é preciso estudar como avaliar as áreas de produção que não terão condições de continuar com a produção.

 


Veículo: Jornal do Commercio - RJ


Veja também

Procter&Gamble avança no País

A Procter & Gamble assinou seu terceiro protocolo de intenções este ano, dessa vez para um centro de d...

Veja mais
Produção de alumínio cai 9%

A produção de alumínio primário de agosto foi de 129,4 mil toneladas, volume 9% inferior ao ...

Veja mais
Veja os cuidados com os cartões de lojas

Descontos, bônus para as próximas compras, prêmios, anuidade grátis e prazos longos para pagar...

Veja mais
Perfetti e Chupa Chups

Chupa Chups, uma das marcas mais tradicionais do segmento de pirulitos no mundo, está de volta ao Brasil. Ap&oacu...

Veja mais
Retomada pós-crise agita os negócios do setor de logística

O reaquecimento da indústria se reflete nos negócios das empresas de logística, ocasionando a abert...

Veja mais
Nestlé pode manter Moça Fiesta, diz o STJ

A mera semelhança entre o nome de dois produtos não correlatos não impede o registro da marca. Esse...

Veja mais
País amplia acordo em lácteos com Argentina

Os produtores brasileiros de leite conseguiram ampliar um acordo com exportadores argentinos para evitar uma eleva&ccedi...

Veja mais
Panetones chegam mais cedo ao varejo

Alimentos: Indústria coloca produto na gôndola três semanas antes; Walmart já vende marca pr&o...

Veja mais
O esforço para resgatar a alma da Kraft

Ao longo do verão, a sede da Cadbury mudou-se do esplendor da Berkeley Square, em Berkeley, para um prédio...

Veja mais