Indústria de brinquedos prevê alta de 11% no Dia da Criança

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As indústrias fabricantes de brinquedos deverão registrar alta de 11% no valor dos produtos vendidos para o Dia da Criança, comparado ao registrado na mesma data do ano passado. As informações foram adiantadas ao DCI pelo presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa. Segundo ele, a maioria das encomendas do varejo já foi entregue e o faturamento da indústria foi de R$ 950 milhões, o equivalente a 70 milhões de produtos vendidos.

 

A cifra supera 11% os valores obtidos em igual período do ano passado, segundo Synésio. O Dia da Criança é a melhor fase para as vendas do setor de brinquedos, respondendo por 35% da receita anual da indústria que este ano prevê faturar R$ 2,8 bilhões, 6% a mais que os R$ 2,6 bilhões obtidos no ano passado, estimou o presidente da Abrinq. A quantidade de produtos vendidos deve saltar de 185 milhões de brinquedos, no ano passado, para 200 milhões este ano. O otimismo do setor é estendido para o fim deste ano. Tradicionalmente, o Natal é a segunda data mais importante para as vendas de brinquedos, que responde por 30% da receita anual da indústria. No fim do ano as vendas de brinquedos só não são melhores porque, nesta data, jogos e bonecas concorrem com roupas e tênis infantis.

 

Com um market share de 15% a 18%, a Brinquedos Estrela registrou crescimento de 10% nas encomendas para o Dia da Criança deste ano, comparado com igual período do ano passado.

 

Diante da retomada de crescimento da economia, o diretor de Marketing da Estrela, Aires Leal Fernandes, adiantou que as vendas para o Natal este ano deverão ficar 20% acima das vendas obtidas em igual período do ano passado. Desta forma, tal taxa deverá superar a registrada nas vendas para o Dia da Criança (10%), o que seria um caso atípico para a empresa. A explicação para o fenômeno é a baixa base de comparação de vendas para o Natal de 2008 quando as encomendas foram "fracas" em razão do agravamento da crise "que pegou" o setor a partir de outubro, disse.

 

O diretor da Estrela acredita que a empresa, de capital aberto, deverá fechar 2009 com faturamento de 15% maior do que o obtido no ano anterior. O mesmo patamar de crescimento é previsto para a produção de brinquedos que atingiu 6 milhões em 2008.

 

Para o Dia da Criança, a Estrela lançou 100 produtos. A expectativa é fechar este ano com 182 novos produtos. A preferência brasileira é pelos brinquedos eletrônicos.

 

Isenção de impostos

 

Os fabricantes de brinquedos aguardam novas medidas do governo no dia 30 deste mês, quando será realizada a reunião do comitê do Programa de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do setor de brinquedos. No topo das expectativas dos empresários estão a redução do imposto de importação para partes e peças de brinquedos e a criação de linhas de crédito a serem concedidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para aquisição de máquinas e equipamentos e aumento do parque produtivo do setor, segundo a Abrinq. "Precisamos de algumas linhas de crédito para reformar e construir todo o sistema de produção de brinquedos", reforçou Synésio, também fabricante de brinquedos. O PDP do setor de brinquedos faz parte da política industrial lançada nos últimos anos pelo governo federal. A reunião, confirmada pelo Ministério da Industria e Comércio Exterior (Mdic) será realizada na sede do órgão que, por intermédio da assessoria de imprensa, não quis adiantar as eventuais medidas, uma vez que elas ainda serão discutidas.

 

O objetivo da indústria nacional de brinquedos é ganhar mais competitividade internamente no mercado e driblar mais a concorrência chinesa chamada de desleal que ainda responde por 45% das vendas internas. A fatia, contudo, tem reduzido, pois já alcançou 70% no passado, disse Synésio que afirma que o setor de brinquedos quase não surtiu os efeitos do agravamento da crise financeira mundial que completou um ano este mês.

 

Veículo: DCI


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